(Carlos Roberto)
Os fiscais do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) retiraram de circulação, de janeiro a junho deste ano, 590 ônibus que estavam sem condições de segurança de trafegar nas linhas de transporte coletivo da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Apenas nessa segunda-feira (9), 50 veículos foram reprovados pelos fiscais do órgão durante operação realizada em Betim, na Grande BH. Segundo a direção do DER, os problemas mais comuns constatados foram nos amortecedores, suspensão, barra de direção e vazamento de óleo, além do não cumprimento dos quadros de horários.
As linhas fiscalizadas foram as que atendem os bairros Homero Gil, Taquaril, Nossa Senhora das Graças e Conjunto Bueno Franco até a região central de Belo Horizonte. Em Betim são 40 linhas, que, em 808 viagens, transportam aproximadamente 50 mil passageiros por dia em cerca de 200 ônibus.
Os veículos retirados de circulação ontem só poderão voltar a trafegar depois que forem submetidos a uma nova vistoria no DER-MG.
Na semana passada, a fiscalização do DER reprovou 48 ônibus que atendem as linhas metropolitanas de Santa Luzia, na Grande BH. “A operação em Betim nos surpreendeu, porque apesar do nosso foco ser o não cumprimento do quadro de horários, retiramos 25% dos ônibus da região de circulação, a maioria deles por problemas mecânicos” avaliou o diretor de Fiscalização do DER/MG, João Afonso Baeta.
Além de serem retirados de circulação, os ônibus são multados em valores que variam de R$ 36,00 a R$ 221. Se um mesmo veículo apresentar mais de uma irregularidade, a empresa responsável pode ser multada em R$ 1.100. “Onde há um recorrente descumprimento dos quadros de horários por parte dos transportadores regulares, percebemos que existe uma proliferação dos transportadores clandestinos e não podemos deixar o cidadão arriscar sua vida no inseguro transporte irregular” observou Baeta.
“Os ônibus que saem de Betim para Belo Horizonte estão sempre lotados. As poltronas são duras e muitas vezes somos obrigados a desembarcar no meio do caminho e esperar por um outro veículos”, reclamou o pedreiro Nivaldo Nunes Moreira, 52 anos.