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Uma empresa de laticínios de Pouso Alegre, no Sul de Minas, é investigada por adulterar a manteiga fabricada no local. A operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apurou que a manteiga, que deveria ser feita com creme de leite, estava sendo produzida com gordura vegetal. Além disso, constatou-se a presença de ácido sórbico/sorbato e coliformes totais e fecais.
Foram cumpridos, na manhã desta quinta-feira (20), dois mandados de prisão temporária contra os empresários responsáveis pela fábrica e sete mandados de busca e apreensão em Pouso Alto e Itamonte, no Sul de Minas, e Taboão da Serra e Itapecerica da Serra, em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Subseção Judiciária Federal de Pouso Alegre.
A operação, apelidada de “Alcanos”, em referência à hidrogenação (reação química utilizada na produção de margarina), apura ainda fraudes no registro do Sistema de Inspeção Federal (SIF).
Investigações
Segundo as investigaçãoes, somente no primeiro semestre de 2022, a empresa adquiriu 9.625 caixas de gordura vegetal destinadas à adulteração da manteiga, avaliadas em mais de R$ 2,39 milhões.
Estima-se que, entre 2021 e 2022, os empresários tenham lucrado com a falsificação mais de R$ 12,3 milhões.
A Polícia Federal identificou que dois dos sócios do laticínio investigado cometeram ainda o crime de ameaça contra um fiscal do Mapa. Além das medidas de busca e apreensão, a Justiça determinou também o sequestro de bens, no mesmo valor do lucro obtido com as falsificações.
Os investigados vão responder por vários crimes, dentre eles, corrupção e adulteração de produtos alimentícios.
Se condenados, poderão cumprir até 24 anos de prisão e multa.
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