Empresa declara situação de emergência em barragem e família é evacuada em Rio Acima

Renata Evangelista
Publicado em 02/03/2019 às 11:57.Atualizado em 05/09/2021 às 16:48.
 (TV Globo/Reprodução)
(TV Globo/Reprodução)

A Defesa Civil de Minas Gerais informou que mais uma mineradora acionou o Plano de Ação de Emergência por causa da elevação do nível de segurança de uma barragem. Depois da Vale e da ArcelorMittal, desta vez o risco de rompimento atinge uma barragem de contenção da Minérios Nacional, que pertence à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Na noite de sexta-feira (1º), a empresa notificou o Estado de que acionou o nível 2 de emergência da barragem B2 Auxiliar, que pertence ao Complexo Fernandinho, em Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. "Em virtude da elevação do nível de emergência, a empresa acionou, preventivamente, o Plano de Ação de Emergência da barragem", comunicou a Defesa Civil.

O órgão explicou que a barragem está em processo de descaracterização para deixar de operar como estrutura de contenção de rejeitos de minério. "Considerando a necessidade de continuidade do processo de descaracterização da barragem B2 Auxiliar, no que se refere às obras necessárias para a retirada de água da barragem, seu nível de emergência foi elevado para 2".

Por causa do acionamento do Plano de Emergência, a única família que morava na Zona de Auto Salvamento (ZAS) foi retirada de casa e levada para um hotel da região. Em comunicado, a Defesa Civil frisou que não houve rompimento de barragem. O órgão esclareceu que "atua de forma preventiva, visando reduzir o risco de desastre, e está acompanhado todos os trabalhos no local".

A CNS foi procurada pela reportagem para comentar a situação da barragem mas informou que, por enquanto, não irá se manifestar.

Perigo

Em novembro de 2015, a Agência Nacional de Águas (ANA) já havia identificado o risco nas represas B2 e a B2 Auxiliar, ambas da Minérios Nacional. As duas barragens, segundo a Minérios Nacional, devem ser totalmente removidas até 2020. Elas não estão em operação, uma vez que a mina de Fernandinho, também da CSN e que funciona na região, não dispõe rejeitos do processo produtivo nessas áreas.

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