A Samarco deverá acatar a recomendação do Ministério Público Estadual de pagar um valor mínimo de um salário para as famílias afetadas pelo rompimento da barragem de rejeitos da empresa, Mariana e colocá-las em moradias definitivas, não mais em hotéis. O promotor da Comarca de Mariana, Guilherme de Sá Meneghin se reuniu com dois representantes da mineradora ontem.
A intenção é a de que os salários comecem a serem pagos no dia 20 de dezembro e todas as famílias deixem os hotéis em até 3 meses. As casas para onde irão devem estar localizadas no município de Mariana.
O prazo para que a companhia apresente um plano com o cronograma de retirada das filias dos hotéis vence na próxima sexta-feira. Embora um acordo possa estar próximo, o MP adianta que não irá prolongar as negociações ou fazer contrapropostas. Se na sexta as partes não entrarem em acordo, o caso vai para a Justiça. A tendência é que o MP entre com ação cautelar.
"Eles, me parece, acharam a proposta que fizemos favorável. Já existe uma comissão da Samarco mapeando imóveis para as famílias, que seriam já mobiliados, inclusive. Mas vamos esperar porque a decisão de acatar a recomendação é da direção da companhia", disse Meneghin.
Está previsto para ainda esta terça-feira outra reunião do MP com a Samarco pra discutir a questão das moradias.