Empresário acusado de matar funcionário de funerária concorrente é julgado em BH

Cinthya Oliveira
08/05/2019 às 14:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:33

(TJMG/Divulgação)

Acusado de matar o funcionário de uma empresa concorrente, o proprietário de uma funerária da cidade de Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas, será julgado na manhã desta quinta-feira (9), no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. O comerciante responde por tentativa de homicídio e por homicídio com a qualificadora de motivo fútil, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Segundo as investigações, o réu teria ficado incomodado com a chegada à cidade de mais uma funerária, pois até o momento só a sua empresa atuava nesse ramo em Conceição do Mato Dentro. O empresário teria, então, feito ameaças ao concorrente, sua família e seus funcionários, pressionando para que encerrassem as atividades no município.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de setembro de 2017, dois funcionários da empresa funerária concorrente foram alvos de um atentado, enquanto passavam por uma estrada da zona rural, a serviço da empresa para qual trabalhavam. Uma das vítimas morreu e a outra sobreviveu aos ferimentos. O crime foi a mando do réu, segundo os promotores.

Mudança para a capital

O julgamento será realizado em Belo Horizonte a pedido da juíza da comarca de Conceição do Mato Dentro, por uma questão de segurança. Assim que realizou a sentença de pronúncia e o sorteio dos jurados, a magistrada foi informada de que os membros do júri temiam por suas vidas.

Isso porque, dias antes dessa sentença, o proprietário da funerária concorrente havia sido assassinato. Ele era uma das testemunhas de acusação. Não há provas de que o réu seria o mandante, mas muitos moradores da cidade ficaram temerosos sobre o caso.

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu pelo desaforamento, para Belo Horizonte, em dezembro de 2018. A relatora do caso foi a desembargadora Márcia Milanez. Na época, a desembargadora reconheceu que os acontecimentos eram capazes de “ensejar dúvida concreta sobre a parcialidade do júri, haja vista as ameaças noticiadas, bem como o assassinato de uma das testemunhas da acusação, pouco tempo antes da audiência de instrução e julgamento”.

Procurada pela reportagem do Hoje em Dia, a defesa do réu preferiu não falar sobre o assunto antes do julgamento.

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