(Tião Mourão/Arquivo Hoje em Dia)
Familiares, empresários, centenas de amigos e políticos como o senador Aécio Neves e o prefeito Marcio Lacerda, foram se despedir do empresário mineiro Clemente de Faria, presidente do grupo de concessionárias Minasmáquinas. Ele foi cremado no Parque Renascer Cemitério e Crematório, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde chegou por volta das 16h15. Clemente morreu na quinta-feira (12), depois que o táxi aéreo em que estava caiu na Ilha de Cataguases, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
O velório do empresário foi prolongado até as 17h45, quando ocorreu a cerimônia de cremação. O governador Antonio Anastasia lamentou a morte do empresário Clemente de Faria, por meio de nota. Na mensagem, o governador diz que “Clemente de Faria foi um homem que bem representou Minas, não apenas como empresário, mas também como esportista".
Além do empresário, também morreram no acidente o piloto da aeronave, Antônio Fernandes Neto, e o copiloto, Hernani Gomes, cujo corpo foi encontrado dentro da cabine do táxi aéreo, nesta manhã de sexta-feira. O corpo dele foi retirado da cabine e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, por volta das 14h30. A cabine do táxi aéreo foi içada na capitania dos portos de Angra dos Reis, no fim da tarde desta sexta-feira. As informações foram confirmadas pela Defesa Civil de Angra dos Reis.
A aeronave estava submersa em uma área próxima do local do acidente, na baía de Ilha Grande, a cerca de cinco metros de profundidade. O Corpo de Bombeiros e a Capitania dos Portos ajudaram nos trabalhos.
A aeronave havia decolado do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e caiu pouco antes do pouso. No momento do acidente chovia muito na região, porém, as causas da queda ainda serão investigadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O empresário
Clemente Faria Neto era um dos empresários mais bem sucedidos de Minas Gerais. Dividia com o irmão, Gilberto de Andrade Faria Junior, a direção de um grupo empresarial que reunia cerca de 20 empresas, entre elas a Minasmáquinas, revendedora de caminhões, máquinas pesadas e automóveis de luxo da marca Mercedes-Benz, e das rádios Alvorada, em Belo Horizonte, Sulamérica Paradiso, do Rio, e Jovem Pan, de Santos.
O empresário nasceu em uma tradicional e rica família mineira. Era neto do banqueiro Clemente Faria, nascido em Pedra Azul, e fundador do Banco da Lavoura, que chegou a ser o maior da América Latina. O banco foi dividido entre os dois filhos do patriarca: Aloísio, que criou o Banco Real, mais tarde vendido para o holandês ABN Amro (hoje Santander), e chegou a figurar no ranking da revista norte-americana Forbes das maiores fortunas do mundo; e Gilberto Faria, pai de Clemente, que ficou com o Banco Bandeirantes.
O empresário era casado com Vitória Alvim de Faria e deixa três filhos - Clemente Jr., Natália e Luiza. Ele havia sido casado com a empresária Ângela Gutierrez, com quem teve uma filha - Ana.
(*) Com informações do R7.