O empresário D. O. V., de 33 anos, foi preso suspeito de estuprar uma jovem de 25 anos. O crime, conforme a Polícia Civil, teria ocorrido na mansão luxuosa do homem, no condomínio Aphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. D. já foi detido pela Polícia Federal, em duas ocasiões, durante as operações Esopo e Escape. Pelo crime de abuso sexual, a delegada Renata Ribeiro Fagundes, responsável pelo inquérito, informou que a vítima registrou ocorrência no dia 21 de agosto deste ano. A mulher relatou que participava de uma festa na mansão do empresário, quando ingeriu uma bebida oferecida por ele. A vítima contou que "apagou" e só acordou horas depois, com D. falando que havia mantido relações sexuais com ela e a mandando tomar pílula do dia seguinte. O crime teria ocorrido no dia 2 daquele mês, mas por medo a jovem não procurou a polícia no mesmo dia. Após a denúncia da mulher, a polícia investiga se o empresário usou o golpe conhecido como “boa noite Cinderela”. "A princípio só tem esse crime de estupro contra ele. Mas vamos investigar se houve outras vítimas, já que diversas festas eram realizadas na casa do empresário", disse a delegada. Nesta manhã, D. compareceu à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Lima para prestar esclarecimentos, mas foi orientado por seus advogados a não responder nenhuma pergunta. Pelo crime, ele está recluso na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Esopo e Escape O empresário foi detido pela Polícia Federal, pela primeira vez, em setembro de 2013, suspeito de crimes contra o patrimônio. Durante a operação Esopo, ele teve a mansão revirada pelos agentes. Do imóvel, foram apreendidos dinheiros e outros bens do empresário, um dos principais alvos da operação para coibir um esquema de fraudes no Ministério do trabalho. Na ocasião, D. era presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC). Por causa da suspeita de fraude, quatro servidores da cúpula do ministério, todos ligados ao ex-ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, foram exonerados. Ele já foi indiciado por formação de quadrilha, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e tráfico de drogas. O empresário chegou a ser detido, mas conseguiu a liberdade. Já em setembro deste ano, D. foi preso durante a operação Escape, para combater fraude processual decorrente da Operação Esposo. Os investigados propuseram uma ação na Justiça Estadual de Minas Gerais, com o objetivo de obter uma decisão liminar de reintegração de posse sobre um helicóptero sequestrado pela 4ª Vara Criminal Federal. Sem informar ao juízo sobre essa restrição, venderam-no para terceiras pessoas. Embora esteja sendo utilizada pelos investigados, a aeronave se encontra com a aeronavegabilidade suspensa pela ANAC e com sua utilização condenada pelo fabricante.