Transporte público

Empresas de ônibus garantem que viagens aumentaram, mas admitem que 'vários ajustes' são necessários

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/07/2022 às 10:20.Atualizado em 12/07/2022 às 10:35.
Passageiros queixam de lotação na Estação Pampulha (Lucas Prates / Hoje em Dia)
Passageiros queixam de lotação na Estação Pampulha (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Passageiros do transporte público de Belo Horizonte reclamaram de ônibus superlotados nesta terça-feira (12), primeiro dia após o pagamento do subsídio de R$ 237 milhões às empresas de ônibus. Apesar dos relatos, as empresas garantem mais linhas rodando, com ampliação de 15% no número de viagens.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e o Consórcio Transfácil afirmam que o “balanço preliminar na madrugada desta terça aponta para cumprimento acima da meta”. 

Das 4h às 4h59, por exemplo, estavam previstas 495 viagens, mas foram realizadas 512, conforme as concessionárias. Segundo o Setra, serão 19.850 viagens diárias a partir desta terça.

“O novo quadro de horários foi aprovado pela BHTrans, mas é importante ressaltar que nesses primeiros dias, vários ajustes e adequações de demanda são necessários em algumas linhas e trechos. Técnicos do Transfácil e BHTrans estão avaliando conjuntamente as intervenções”, afirmou o Setra-BH em nota. 

A ampliação dos horários dos ônibus está prevista no acordo de subsídio de R$ 237,5 milhões, firmado entre as empresas de ônibus, Prefeitura de BH e Câmara Municipal. A partir de 27 de julho, um novo aumento de 15% no número de viagens deve ocorrer, totalizando 30% em relação ao patamar de março deste ano. 

Queixas de usuários 

Passageiros do transporte público de Belo Horizonte não sentiram os efeitos do aumento de 15% no número de viagens. Quem depende dos ônibus para se deslocar reclamou de atraso, filas e lotação. 

O movimento foi intenso na Estação Pampulha. Moradora do bairro Santa Amélia, a atendente Márcia Almeida, de 27 anos, aguardava na fila para pegar a linha 50 do Move. Ela não percebeu as mudanças prometidas: “Está a mesma coisa. Ônibus bem cheios, lotados”, afirmou. 

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