Para avaliar os possíveis danos aos acervos e estruturas dos museus e centros culturais de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, o Instituto Municipal de Cultura (IMC) da cidade percorreu os locais atingidos pelas fortes chuvas de terça-feira (15). Entre os locais visitados, a entidade afirmou que apenas o Centro de Cultura Raul de Leoni sofreu danos ao acervo, depois que o primeiro andar do prédio ficou alagado.
“A equipe do IMC conseguiu retirar a coleção de gravuras do Carybé que estava na entrada do térreo antes da inundação. Também estão preservadas todas as demais obras de arte, incluindo o painel da Djanira, além de todo o Arquivo Histórico Municipal, o acervo de obras raras e a grande parte do acervo geral da Biblioteca Municipal Gabriela Mistral”, explicou a presidente do IMC, Diana Iliescu.
Ainda conforme o instituto, os museus administrados pelo governo municipal não sofreram danos consideráveis. O Museu Casa de Santos Dumont, no Centro da cidade, o Museu Casa do Colono, na Castelânea, e os centros culturais da Posse, Pedro do Rio e Cascatinha não foram afetados. Já o Theatro D.Pedro, no Centro, e o Centro Cultural Estação Nogueira, que abriga o Museu do Trem, registraram pontos de alagamento, mas sem danos aos acervos. Pontos como a Praça da Águia e Palácio de Cristal, também no Centro, tiveram seus jardins inundados.
Atingidos
A Polícia Civil do Rio confirmou na manhã desta quinta-feira (24) que 208 pessoas morreram em decorrência dos desastres causados pelas fortes chuvas. Desse total, 124 são mulheres, 84 homens e 40 menores de idade. Até o momento, 191 corpos foram identificados e 181 liberados para as funerárias. Os demais aguardam o comparecimento dos familiares no Instituto Médico Legal (IML).
Durante as buscas, o Corpo de Bombeiros também encontrou despojos, que ainda passam por análise de DNA pelos peritos. As buscas continuam nas áreas onde há suspeita de desaparecidos, como Morro da Oficina, Vila Felipe, Sargento Boening e Vila Itália.