Batizada de Uai Sô Fly!, a equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi a campeã da Classe Regular na 14ª SAE BRASIL AeroDesign, competição promovida pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Pesando apenas 2,25 kg, mas com capacidade para transportar até 14 kg, o avião-conceito projetado e construído pelo grupo obteve 539,96 pontos na classificação geral.
O resultado carimbou o passaporte dos dez estudantes mineiros, que agora preparam-se para decolar rumo ao campeonato internacional marcado para 2013 na Georgia, Estados Unidos. “No ano passado, fomos campeões mundiais. E queremos repetir a dose”, diz o ‘capitão’ Bruno Arruda. Para alçar voos mais altos, Bruno e os amigos debruçaram-se sobre novas ferramentas de análise, programas de simulação de voo e tecnologias usadas na indústria aeronáutica, como fibra ótica.
Ele garante que o avião que construíram pode ser utilizado para monitoramento de linhas de transmissão de energia e áreas de desmatamento, por exemplo. “O mais importante é a oportunidade de estarmos envolvidos com a engenharia não só nos livros, mas principalmente na prática”, afirma.
Pelo novo regulamento, os aviões dessa categoria tiveram de carregar, como peso, madeira do tipo MDF ou HDF. As aeronaves eram monomotores e a decolagem foi feita em uma distância máxima de 50 metros.
O segundo lugar da Classe Regular também ficou com mineiros. A equipe Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), alcançou 436,11 pontos. Minas, aliás, foi o Estado com o segundo maior número de equipes participantes na SAE BRASIL AeroDesign, perdendo apenas para São Paulo. Por aqui, foram 17 grupos de 11 instituições.á, 31 equipes e 19 escolas.
Ao todo, a competição que teve início no dia 1º e terminou no último domingo contou com a presença de 88 projetos participantes, de 15 estados e mais o Distrito Federal, além de três equipes do México. O campeonato foi dividido nas categorias Advanced, Micro, além da Regular.
Nos aviões mais avançados, a carga transportada foi água, depositada em tanques montados na fuselagem. Era permitido usar mais de um motor. As aeronaves da Classe Micro, por sua vez, transportaram bolas de tênis dentro de um compartimento fechado. Nesta categoria os motores devem ser elétricos.