(Carlos Rhienck)
No lugar dos simples portões de aço, uma porção de bilhetinhos coloridos, feitos um a um para expressar um mesmo sentimento: a saudade antecipada que sentirão do Parque Julien Rien, na zona Sul de Belo Horizonte. Estudantes do Colégio Balão Vermelho, no bairro Mangabeiras, vizinho à área verde, confeccionaram cartas de agradecimento e declarações de amor e afixaram na porta de entrada do “quintal” da escola. É que no ano que vem, a instituição, que funciona na avenida Bandeirantes há 29 anos, vai mudar de endereço.
Otto Daniel Rabelo, de 6 anos, tem pouco tempo de “casa”, cerca de um ano, mas já sabe a falta que sentirá do local. “Escrevi: ‘Parque, eu te amo’”, contou. Mais experientes na arte de explorar o espaço público, neste caso, o parque, estão Beatriz Rossi, de 10 anos, e Clara Torres, de 11, colegas de sala e escola desde o primeiro ano de vida. “Quando era mais nova, meu pai também me levava lá. Sei que vou sentir muita falta”, comentou Clara.
Desde o início das atividades no Mangabeiras, o parque serve como espaço para atividades externas do colégio. “É em atividades externas que os alunos podem vivenciar a cidade”, explicou uma das diretoras da instituição, Leninha Latalisa.
No ano que vem, o Balão Mágico passará a funcionar na sede do Instituto Libertas, na rua Professor Djalma Guimarães, no alto do mesmo bairro. O Libertas encerrará suas atividades em 19 de dezembro, conforme explicou uma funcionária, por decisão dos donos.