Escolas de BH abandonam velho laboratório de informática para aula interativa

Gabriela Sales - Hoje em Dia
11/04/2014 às 07:33.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:04

(Eugênio Moraes)

A imagem daquele laboratório de informática tradicional, com cadeiras enfileiradas e utilizado para atividades consideradas pelos próprios alunos obsoletas, começa a entrar em uma nova fase. Dessa vez, privilegiando o dinamismo e a interatividade com as disciplinas tradicionais.

O computador da escola ganha a companhia de tablets, smartphones e câmeras para auxiliar no aprendizado tanto da informática quanto do português, matemática, geografia e outros conteúdos.

Essa já é a realidade de 2.500 estudantes do Colégio Padre Eustáquio, unidade de ensino que leva o nome do bairro, na região Noroeste da capital mineira. Há pelo menos cinco anos, as aulas são ministradas de forma interativa. “O cronograma pedagógico é elaborado por meio do uso das novas mídias. Nosso objetivo é trazer essa conectividade para o aprendizado”, explicou a coordenadora de tecnologia educacional, Maria Esperança de Paula.

Da educação infantil até o preparativo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes são estimulados a compartilhar o conhecimento. Noções de linguagem, raciocínio lógico e da própria informática são alguns dos trabalhos desenvolvidos.

“O aprendizado não se limita a sala de aula, vai além. Aproxima o estudante de sua realidade e desperta o olhar crítico. Isso faz com que as aulas se tornem estimulantes e o aprendizado mais leve”, frisou a supervisora pedagógica, Cristiane de Morais Dias Duarte.

Vídeo, fotos, blogs e jogos digitais são alguns dos produtos desenvolvidos e produzidos pelos próprios estudantes. “É bom aprender com ferramentas que já dominamos. As aulas ficam mais dinâmicas e leves”, diz Alexandre Eustáquio Leopoldino Jorge, de 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio.

Na rede municipal de educação, em Belo Horizonte, a junção de disciplinas e laboratório de informática existe desde 2005. Dos 165 mil alunos, 160 mil utilizam a rede nas aulas regulares e em projetos nas unidades de tempo integral.

Os professores são estimulados a utilizar as ferramentas tecnológicas para que as aulas ultrapassem a fronteira do quadro negro. “Não damos aulas de informática. Mesmo porque nossos estudantes dão um show de conhecimento e aptidão. Somamos conhecimentos por meio do ensino do conteúdo pedagógico”, explicou a gerente de planejamento e informação da Secretaria Municipal de Educação, Eleonora Ferreira de Paula.

CRIANÇAS
 
Até os pequenos entraram no mundo digital. Nas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) da capital, as crianças aprendem brincando. “Trabalhamos o espaço lúdico dos alunos, de forma leve e com formatos com os quais já estão acostumados”, disse Eleonora.

A prática é realizada com quatro computadores disponibilizados para crianças a partir de 5 anos.

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