22 anos

Estagiária de Direito é presa suspeita de estelionato contra idosos, no Norte de Minas

Até o momento, estima-se que os prejuízos às vítimas supera os R$ 100 mil

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 22/01/2025 às 10:30.Atualizado em 22/01/2025 às 13:08.
Na primeira etapa, a operação teve foco na investigação voltada à identificação e localização das vítimas (Divulgação/PCMG)
Na primeira etapa, a operação teve foco na investigação voltada à identificação e localização das vítimas (Divulgação/PCMG)

A Polícia Civil (PC), em parceria com a PM, deflagrou na região Norte do Estado a Operação Medusa, com o objetivo de desarticular um esquema de estelionato praticado contra idosos em situação de vulnerabilidade.

Na primeira etapa, a operação teve foco na investigação voltada à identificação e localização das vítimas. Nesta quarta-feira (22) foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma estudante de Direito, de 22 anos, suspeita de liderar os crimes.

A segunda fase dos trabalhos, que está em andamento, visa a identificar outros envolvidos, localizar valores adquiridos com o crime. Até o momento, estima-se que os prejuízos às vítimas supera R$ 100 mil.

"A investigação, conduzida pelo delegado Genilson Alvarenga, aponta que a investigada utilizava sua posição como estagiária em um escritório de advocacia para praticar os crimes. Conforme apurado, a suspeita se passava pela advogada titular do escritório, mantendo contato com os clientes, em seu nome, sem autorização", detalhou a PC.

Além disso, para evitar suspeitas e não ser registrada pelas câmeras de segurança do escritório, foi levantado que a jovem atendia as vítimas do lado de fora da empresa, geralmente em locais públicos próximos, sob o pretexto de oferecer uma assistência mais acessível e personalizada.

O delegado Thiago Pinheiro, que coordenou o cumprimento dos mandados, reforça que a suspeita ainda é investigada por possíveis crimes de falsificação de documentos e falsa identidade, uma vez que estaria utilizando documentos falsos para dar maior credibilidade às suas ações fraudulentas e se passar pela advogada em transações bancárias e outros procedimentos.

Perfil das vítimas

Segundo apurado, as vítimas eram idosos, em sua maioria analfabetos, escolhidos pela vulnerabilidade. A investigada ganhava a confiança dessas pessoas ao se oferecer para ajudar com questões financeiras, como recebimento de benefícios, empréstimos e cartões de crédito.

Em seguida, realizava transações fraudulentas, levando algumas vítimas a descobrirem que seus saldos bancários haviam sido completamente zerados.

Desdobramentos

Durante o cumprimento dos mandados, nesta primeira fase, diversos cartões de crédito, documentos relacionados com os crimes e aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Os materiais serão analisados para subsidiar a continuidade da investigação.

Com a prisão da principal suspeita, a operação avança para a segunda fase. “Nosso objetivo agora é ampliar o alcance das investigações, responsabilizar todos os envolvidos e minimizar os prejuízos às vítimas”, destaca Thiago Pinheiro.

“A Polícia Civil reforça a importância de proteger idosos contra golpes financeiros, especialmente aqueles que envolvem intermediários que oferecem assistência financeira fora de locais monitorados”, adverte o delegado.

Denúncias podem ser feitas diretamente em unidades policiais ou via Disque-Denúncia 181 de forma anônima.

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