(Maurício Vieira)
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) determinou a instauração de uma sindicância para apurar a agressão que resultou na morte do estudante Luiz Felipe Siqueira, de 17 anos, nas dependências do Instituto de Educação, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um laudo será emitido pelo serviço de inspeção da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, que coordena a unidade escolar.
A violência foi registrada na última quinta-feira (14). Internado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, o adolescente morreu na manhã desta terça (20). O suspeito, um jovem de 18 anos, está detido desde 15 de novembro no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na região Oeste da metrópole. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil. A previsão é a de que o inquérito seja concluído em até dez dias, mas o prazo pode ser prorrogado por mais 20.
Em nota, a SEE informou que o agressor tem mais de 20 ocorrências sobre o comportamento dele na escola, que abrangem todo o período que ele está matriculado no local, desde o 1º ano do ensino fundamental. Ainda conforme a secretaria, em mais de uma ocasião foi solicitada aos pais do jovem a transferência dele, sem sucesso.
A reportagem ouviu a defesa do agressor, que afirmou que o jovem está assustado e arrependido por tudo o que aconteceu. Segundo William Vaz, defensor público responsável pelo caso, a defesa vai pedir que ele seja julgado por lesão corporal. "Ele não teve a intenção de matar o colega. Houve, sim, a agressão, mas ela não foi iniciada com esse intuito. A pena deve ser maior agora porque a lesão resultou em morte, mas a própria família dele defende que a justiça seja feita, mas da forma certa", justificou.
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