Estado estima 1.600 internações em UTI para pacientes com Covid no pico da doença

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
Publicado em 12/05/2020 às 13:58.Atualizado em 27/10/2021 às 03:29.
 (Silas Camargo/ Pixabay)
(Silas Camargo/ Pixabay)

O pico da epidemia de Covid-19 em Minas Gerais poderá acontecer no dia 8 de junho, com 3 mil pessoas internadas, sendo 1,6 mil delas em leitos de terapia intensiva. Essa previsão foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, nesta terça-feira (12). Estão disponíveis no Estado pouco mais de 2.300 leitos de UTI na rede SUS e mil na rede privada. 

“Estamos fazendo todo o preparo para ampliar o número de leitos para atender essa demanda”, afirmou o secretário. Neste momento, 63% dos leitos de terapia intensiva e 66% dos leitos de enfermaria na rede SUS no Estado estão ocupados. Em relação aos pacientes com Covid-19, a participação é de 6% para leitos de UTI e 4% para os clínicos.

Amaral informou ainda que essa previsão será analisada novamente esta semana, conforme os novos dados da doença no Estado. Até o momento, Minas teve 127 mortes e 3.435 casos confirmados por exames laboratoriais. Há 118 óbitos sob investigação e mais de 101 mil notificações pendentes de resultados.

Neste cenário, Minas tem estrutura suficiente para atender aos casos relacionados ao novo coronavírus sem sofrer um colapso no sistema de saúde. “Entendemos que há, sim, uma capacidade operacional significativa no Estado, não estamos tendo um aumento na demanda que venha trazer uma mudança significativa”, disse Amaral. O Estado dispõe de 2.013 leitos de UTI via SUS e mais 50 leitos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Além disso, em Minas existem outros 1.083 leitos de UTI na rede privada de saúde.

O governador Romeu Zema também garantiu que Minas vivencia um cenário seguro em relação ao enfrentamento à pandemia de Covid-19. Segundo ele, o Hospital de Campanha está pronto e será utilizado quando tiver que ser demandado – até o momento, não houve saturação nos hospitais tradicionais.

Durante a coletiva, o governador informou que o Hospital de Campanha de Belo Horizonte foi o mais barato do país, feito com R$ 5,3 milhões – recursos que vieram, principalmente, da Fiemg. São 768 leitos disponíveis na estrutura montada no Expominas para atender pacientes, caso haja um aumento na ocupação dos hospitais.

O governador reforçou ainda que houve uma ampliação de mais de 300 leitos de UTI no interior do Estado e que foram adquiridos mais de mil respiradores, utilizando recursos das multas pagas por Vale e Samarco, em relação às tragédias em Brumadinho e Mariana, respectivamente.

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