A Secretaria de Estado de Educação (SEE) apresentou aos professores da rede estadual, nesta quarta-feira (29), mudanças em uma proposta de melhorias salariais. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) reconhece avanços na negociação. No entanto, se os educadores negarem a oferta, em assembleia da categoria agendada para o próximo 14 de maio, poderão entrar em greve. Os novos termos apresentados pelo Estado melhoram itens de uma proposta já feita em 17 de abril. Além de outros itens, a oferta era de reajuste de 31,78% no vencimento básico inicial do professor de Educação Básica, a ser pago em três anos, ficando assegurado o pagamento do piso salarial para uma carga horária de 24 horas semanais. As melhorias serão formalizadas pela Secretaria de Estado de Educação nos próximos dias. Nesta quarta-feira, cerca de 800 professores se reuniram no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater a proposta. As melhorias serão analisadas até o próximo encontro dos educadores, em 14 de maio, no mesmo local. Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, houve avanços na proposta do Estado, mas ainda há pontos que precisam avançar. Caso os termos não sejam aceitos pelos professores, a categoria deverá entrar em greve. Paralisação Com a paralisação dos professores nesta quarta-feira, 24% das escolas públicas estaduais de Minas Gerais não funcionaram normalmente. Segundo balanço da Secretaria de Estado de Educação, 7,69% das unidades ficaram totalmente paralisadas e 16,23% tiveram suas atividades parcialmente atingidas em dia de mobilização da categoria O balanço mostra que 76% das escolas públicas estaduais mineiras realizaram normalmente suas atividades escolares, nesta quarta. A paralisação teve impacto em 281 unidades, que paralisaram totalmente as atividades e 593, que sofreram reflexo da mobilização de forma parcial. Particulares Quanto aos professores da rede privada, eles recusaram, nesta quarta-feira, a proposta do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), que oferecia reajuste salarial de 8%. Os educadores querem aumento de 11,5%. Uma audiência pública de conciliação entre os sindicatos dos professores e patronal deve ser agendada para prosseguir a negociação.