Estado não deve liberar atividade com aglomeração antes de julho, diz Zema

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
15/04/2020 às 14:31.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:17

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Jogo de futebol, escola e shows. Todas essas atividades que estão suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus não devem voltar a ser realizadas em Minas Gerais pelo menos até o fim de junho. A estimativa é do governador Romeu Zema (Novo), que nesta quarta-feira (15) inaugurou a segunda fase do Hospital de Campanha montado no Expominas. 

De acordo com o chefe do executivo estadual, todas as projeções relacionadas à Covid-19 sofrem mudanças diárias. Mas, ao que tudo indica, nenhuma atividade recreativa ou educacional será retomada nos próximos dois meses. "Com o que temos até agora é muito provável que até junho nenhuma atividade com aglomeração volte, é provável que as aulas não voltem", disse. "A preservação da vida em primeiro lugar", completou.

Sobre uma possível flexibilização das medidas de isolamento social, Zema declarou que cada prefeito tem autonomia para tomar a decisão. Contudo, informou que o governo irá disponibilizar, na semana que vem, uma cartilha com vários protocolos para orientar os municípios. "Mas é o prefeito que decide o que abre e fecha", frisou.

Polêmicas

No Hospital de Campanha, Zema comentou sobre algumas polêmicas que surgiram nos últimos dias. Sobre o retorno dos servidores da educação, ele esclareceu que as aulas não serão retomadas presencialmente, mas ressaltou que as escolas precisam de manutenção e limpeza. "Até para não ser foco de dengue". Além disso, o governador avaliou que é seguro cada professor ficar sozinho em uma sala de aula.

Com relação à decisão do prefeito Alexandre Kalil, que mandou barrar a entrada de ônibus de municípios que "relaxaram" as medidas de isolamento, Zema reconheceu que é necessário cuidados para garantir a segurança da população. No entanto, afirmou que "o interior é que deveria barrar ônibus vindos de BH". Isso porque, em Minas, a capital lidera o número de casos do novo coronavírus, com seis mortes e 374 casos confirmados.

Ele ainda falou sobre a decisão do Estado de conceder gratificação apenas para médicos - excluindo as demais categorias que também estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus -, e se disse perplexo com a possibilidade de alguns profissionais cogitarem greve neste momento de crise sanitária. "Algo incompreensível. Foram consideradas práticas de mercado", afirmou em relação a bonificação apenas para os médicos.

Por fim, Zema também comentou sobre as longas filas que diariamente têm se formado em frente à Farmácia de Minas. De acordo com o governador, o Estado pretende estender para outros municípios, inclusive BH, a medida adotada em Juiz de Fora. Na cidade da Zona da Mata, os medicamentos estão sendo entregues em domicílio após solicitação em um aplicativo.

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