Estudante de direito confessa que matou médica porque estava bêbado

Gabi Santos - Do Hoje em Dia
30/10/2012 às 15:50.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:43
 (Toninho Almada)

(Toninho Almada)

O estudante de direito Wellington Rodrigues Tavares, de 29 anos, acusado de ter matado a mulher com quem vivia há cinco anos, a médica Cristiani Moreira, de 39, no dia 21 passado, foi ouvido nesta terça-feira (30) no cartório da Delegacia de Homicídios. Ele alegou que assassinou a companheira "porque havia bebido muito".  Com essas palavras o estudante, enfim, confessou, oficialmente, a autoria do crime e foi indiciado em inquérito por homicídio triplamente qualificado, praticado por motivo fútil, insidioso e impossibilitando a defesa da vítima. O crime ocorreu na rua Andrômeda, Bairro Jardim Riacho, em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte,    O indiciado é acusado, também, de ter tentado matar o filho da médica, de 6 anos, esfaqueando-o na cabeça. Se for a julgamento por esses crimes, o estudante poderá ser condenado a mais de 30 anos de prisão.   O inquérito está em andamento na Delegacia de Homicídios de Contagem e poderá ser remetido na quarta-feira (31) para a Justiça dessa comarca, se o delegado Luciano Guimarães receber os laudos do IML e da Criminalística. Ele já começou a redigir o relatório final do inquérito e, na parte em que descreve como aconteceu o assassinato, lembra que visitou o apartamento do casal, 24 horas depois de acontecido o crime, quando encontrou o que classificou de "um cenário de horror".   Guimarães conta, no texto, que existia sangue em todas as paredes e pisos do apartamento. O inquérito que conta os detalhes da morte da médica aponta que a mulher morreu após ser esfaqueada 12 vezes, sem contar os ferimentos superficiais desferidos pelo estudante, que chegou a usar quatro facas.   Com os dois braços enfaixados por causa dos ferimentos provocados pela tentativa de suicídio, quando ele tentou se matar cortando os pulsos, ele contou que, no dia do crime estava bebendo em companhia da médica, visitando alguns amigos, quando a mulher decidiu ir embora para casa. Ele, que já havia bebido muito, decidiu ir para um bar para beber mais e ver o segundo tempo de um jogo de futebol. A mulher protestou, lembrando que ele já havia bebido bastante, e decidiu ir para casa.    Quando o casal chegou ao apartamento da rua Andrômeda a discussão ficou mais acirrada e teria provocado agressões entre os dois. O estudante teria usado facas da casa para agredir a mulher. Um menino com 6 anos, filho de um casamento desfeito da médica, assistiu a agressão e tentou salvar a mãe, armando-se com um skate para tentar agredir o estudante.    Wellington agrediu a criança com tanta fúria, na cabeça, que a faca quebrou na sua mão. Peritos da criminalística concluíram que o autor do crime teria usado as várias facas que encontrou para certificar-se de que mataria a mulher.   Quando a polícia entrou no apartamento, chamada por vizinhos que foram alertados pela criança que fugiu em busca de socorro, o estudante estava caído, com uma faca na mão direita, tentando golpear o próprio peito, depois de cortar os pulsos. A médica estava viva, agonizando, com vários ferimentos graves, quando seu filho tirou uma camisa e usou-a para tentar estancar o sangue no corpo da mãe.    Levada para uma ambulância, ela gritava que "estava preocupada em que seu filho fosse criado por uma de suas irmãs". O homem, a mulher e a criança foram levados para um hospital. Mas a médica morreu antes de ser socorrida.

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