A estudante de direito Érika Passarelli Vicentini Teixeira, de 29 anos,, suspeita de planejar a morte do próprio pai, Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, para receber o seguro de vida, compareceu ao Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (2), para uma audiência de instrução.

De acordo com a assessoria do Fórum, a audiência, solicitada pela comarca de Itabirito, começou por volta das 12h30, com depoimentos apenas das testemunhas de defesa. A acusada será interrogada no dia 9 de agosto.

O pai da estudante foi morto dentro de um carro com três tiros na cabeça, em agosto de 2010, no município de Itabirito, região Central do Estado. De acordo com as investigações, Érika seria a mentora do crime.

Érika e o pai eram estelionatários e aplicavam golpes usando cheques falsos para pagar compras em lojas de BH, segundo informações da Polícia Civil.
Mário José contratou três seguros de vida totalizando R$ 1,2 milhão, colocando a filha como única beneficiária. O pai fingiria a própria morte, a filha receberia os valores e depois dividiria com ele. Após uma briga, a filha resolveu ficar com todo o dinheiro, matando o pai.

O namorado da jovem, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, de 19 anos, e o sogro, o cabo da Polícia Militar Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, são acusados de participar do crime e foram indiciados pelo homicídio. Ainda de acordo com a polícia, os prêmios dos seguros não foram pagos.

Presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto desde o dia 20 de abril deste ano, Érika chegou a ficar detida no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul, em Belo Horizonte.

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