O número estimado de pessoas contaminadas pela Covid-19 em Belo Horizonte recuou, na sexta-feira (7), para o patamar de cerca de 500 mil pessoas, o mesmo aferido há duas semanas. Os dados são do boletim de acompanhamento do Monitoramento Covid Esgotos, projeto piloto da UFMG em parceria com outras entidades públicas, como a Copasa.
De acordo com o mais recente levantamento da Prefeitura de BH, divulgado também na sexta, a cidade tem 24.436 casos confirmados da doença, com 652 óbitos registrados.
Conforme a avaliação dos pesquisadores, o recuo estimado para 500 mil infectados "reitera a expectativa de que o platô da curva epidêmica da capital tenha sido atingido". O platô é o desenho de uma trajetória em que as notificações se mantêm elevadas até começarem a cair.
Número de infectados está em cerca de 500 mil
A hipótese, no entanto, só poderá ser confirmada a partir dos resultados das próximas duas ou três semanas de monitoramento.
Apesar disso, de acordo com o estudo, os dados apresentados no boletim indicam uma tendência de agravamento da pandemia em Belo Horizonte desde a semana epidemiológica 25 (de 15 a 19 de junho).
Por essa razão, ainda conforme o mais recente boletim, é necessária a manutenção das medidas de prevenção e controle para redução da disseminação do vírus, pois podem ocorrer novos picos caso tais medidas sejam flexibilizadas.
O projeto vem monitorando o esgoto de BH desde o dia 13 de abril. No mais recente boletim, publicado na sexta-feira (31), houve o indicativo de que cerca de 850 mil pessoas já estariam infectadas pelo coronavírus na capital mineira.
Estudo
O projeto piloto Monitoramento Covid Esgotos faz análises laboratoriais de detecção e quantificação do novo coronavírus nas amostras de esgoto coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das cidades de Belo Horizonte e Contagem, na Região Metropolitana de BH. A captação do material é feita nas bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e Onça.
A pesquisa é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis - UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).