Ex-assessor de vereador suspeito de matar cruzeirense vai dormir na prisão, mas pode sair de dia
Polícia Civil antecipou que homem deve responder por rixa e omissão de socorro
(Maurício Vieira/ Hoje em Dia)
Suspeito de envolvimento na briga que terminou com a morte de um torcedor do Cruzeiro, baleado em 2 de março, o ex-diretor da Galoucura e ex-assessor parlamentar do vereador César Gordin (Solidariedade), poderá responder pelos crimes de rixa e omissão de socorro, conforme antecipou nesta segunda-feira (11) a Polícia Civil. As investigações seguem para verificar também as suspeitas de homicídio e porte de arma.
Alvo de mandado de prisão por violar a liberdade condicional por um assassinato cometido em 2010, na Savassi, o homem de 35 anos se entregou hoje. Em meio às novas apurações, ele poderá trabalhar ou estudar durante o dia, mas deverá voltar à prisão à noite para dormir devido à participação no último conflito entre as torcidas, no Barreiro.
Conforme a Polícia Civil, ainda não é possível afirmar se o ex-diretor da Galoucura foi o autor dos tiros que mataram o cruzeirense. Por outro lado, gravações comprovam que ele agrediu um homem que prestava socorros ao torcedor baleado.
"Inicialmente, o que a gente percebe, pela análise única e exclusivamente das imagens, é o crime de rixa. Também tem a omissão de socorro. O crime de rixa pode ser agravado pelo resultado morte, tem o homicídio. Isso somente com o fim das investigações eu posso afirmar", afirmou o delegado Matheus Moraes Marques.
Relembre
O homem cumpria pena em liberdade condicional por homicídio cometido em 2010, pela morte do cruzeirense Otávio Fernandes, espancado na avenida Nossa Senhora do Carmo. Em 2 de março, ele participou de um confronto entre torcedores de Cruzeiro e Atlético, que tiveram os jogos marcados para o mesmo horário.
Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, a torcida do Cruzeiro, ao se dirigir para o Mineirão, foi surpreendida por integrantes da “Galoucura”, em dois carros e três motocicletas, na avenida Tereza Cristina.
De acordo com o relato, os agressores usaram uma barra de ferro, pedaços de madeira, foguetes e armas para dar início à briga generalizada. Na confusão, Lucas Elias Vieira Silva, de 27 anos, morreu. Outras duas pessoas foram baleadas.
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