Ex-guarda sentenciado por morte de sogra é condenado por tentar matar ex

Hoje em Dia
02/10/2013 às 19:39.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:00
 (Renato Cobucci/Arquivo)

(Renato Cobucci/Arquivo)

O ex-guarda municipal Anderson Lúcio da Silva foi condenado a 10 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por tentar matar a ex-noiva, a jornalista Tatiana Alves. O réu já havia sido julgado e sentenciado pelo assassinato de sua ex-sogra Maria Auxiliadora Alves Pereira. Pelo homicídio, ele deve cumprir 14 anos de reclusão.   O crime ocorreu em 4 de dezembro de 2007, no bairro Aparecida, região Noroeste de Belo Horizonte. A decisão é da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que modificou a sentença do juiz Ronaldo Vasques, do 1º Tribunal do Júri da comarca de Belo Horizonte.   Em janeiro de 2011, quando sentou no banco dos réus pela primeira vez, e foi condenado pelos dois crimes, a defesa do ex-guarda recorreu da sentença e a pena pela tentativa de assassinato, fixada em 7 anos, foi anulada. Em outrubro de 2012, o Tribunal do Júri julgou novamente o crime. Na ocasião, o conselho de sentença entendeu que houve tentativa de homicídio qualificado, sentenciado o Anderson Lúcio a 11 anos e quatro meses.   Com intenção de reduzir a pena, a defesa do réu recorreu novamente da decisão, pedindo a revisão do cálculo. Além disso, os advogados de Silva pediram que fosse considerado crime  continuado. Neste caso, o Código Penal, prevê que a pena aplicada ao réu, em caso de prática de dois crimes, prevaleça a de maior sentença, referente ao mais grave. Para o segundo crime, a legislação determina que a pena pode ser até três vezes a primeira, em caso de doloso.   O Ministério Público pediu que a condenação fosse mantida.   Julgamento   Na tarde desta quarta-feira (2), no plenário da 4ª Câmara Criminal, o advogado do réu, Alaor de Almeida Castro, pediu que os desembargadores considerassem que seu cliente se arrependeu do crime, já que pediu socorro para a vítima. Alegou ainda que Silva é réu confesso, está preso desde o crime e teve uma pena exagerada.    “Anderson Lúcio da Sila não pode receber pena maior por recurso aviado pela defesa”, argumentou o defensor, lembrando que no primeiro julgamento o ex-guarda municipal foi condenado a 7 anos de prisão por tentativa de homicídio, e no segundo julgamento, realizado após a defesa ter entrado com recurso, a pena pelo crime aumentou para 11 anos e 4 meses.   O desembargador relator, Delmival de Almeida Campos, constatou que o conselho de sentença reconheceu que o crime ocorreu por motivo torpe e que a vítima não teve direito a defesa. O magistrado avaliou ainda que o réu não confessou o crime, apenas relatou que “efetuou um disparo acidental em Tatiana”.   Assim, ele reduziu a pena aplicada anteriormente em oito meses. Os desembargadores Eduardo Brum e Júlio Cezar Guttierrez votaram de acordo com o relator.   O crime   Em dezembro de 2007, inconformado com o término do relacionamento, Anderson foi até a residência da ex-namorada, a jornalista Tatiane Alves, e atirou contra ela e sua mãe, Maria Auxiliadora Alves Pereira. Em seguida, o ex-guarda efetuou dois disparos na própria barriga e acionou a Polícia Militar (PM). O rapaz ainda ligou para a irmã pedindo socorro as vítimas. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por