Exames cardíacos podem evitar mortes durante atividades físicas

Hoje em Dia
14/03/2015 às 08:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:20

Moradora ajuizou ação contra o condomínio por considerar injusta a punição (Frederico Haikal/Hoje em Dia/Arquivo)

Mais de 90% das mortes registradas durante a prática de atividades físicas são provocadas por doenças cardíacas não diagnosticadas. Por isso, é fundamental que as condições de saúde do praticante sejam previamente avaliadas por um médico. O alerta de especialistas serve para todos, incluindo os chamados atletas de fim de semana e adeptos dos exercícios em academias.   “A atividade física é muito boa, favorável à promoção da saúde sob diversos aspectos, como a redução do peso e o controle da glicose. Mas pode também ser um gatilho para a morte súbita em pessoas suscetíveis, com doenças cardíacas”, explica o cardiologista e médico do esporte Haroldo Christo Aleixo.    Segundo ele, casos como o do adolescente de 15 anos que morreu, na última quarta-feira, enquanto praticava musculação em uma academia de Belo Horizonte servem para reforçar a necessidade de se fazer uma avaliação médica antes de iniciar qualquer tipo de prática esportiva.    “As mortes por exercício são associadas, na quase totalidade dos casos, a doenças cardíacas não identificadas. Daí a importância de procurar um médico para tentar prevenir essa situação”, reforça o especialista, que é médico do Atlético e do Minas Tênis Clube.   Cardiopatias   Capazes de identificar não só problemas ósseos e ortopédicos, por exemplo, os exames clínicos, que podem ser realizados por um médico generalista, são a única forma de se diagnosticar doenças do coração. “As pessoas não têm esse hábito, mas somente essa avaliação, chamada de pré-participativa, pode revelar doenças com possibilidade de complicações futuras”, detalha o especialista em medicina do esporte Saulo Peconick Ventura.   Ele explica ainda que são as cardiopatias congênitas – doenças do coração com as quais já nascem alguns indivíduos – a principal causa de morte entre jovens adultos (de até 35 anos) nas academias. “O indivíduo já nasce com o problema, mas, como não foi diagnosticado, adota uma prática esportiva que pode ser incompatível com suas limitações”, ressalta.   Durante os exercícios físicos, o indivíduo fica submetido a alterações físicas, biológicas e metabólicas que, na presença de uma doença prévia, podem ser danosas ao organismo. 

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