Fábrica de fogos que explodiu matando quatro mulheres é interditada

Hoje em Dia
18/07/2014 às 11:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:26
 (Alessandra Mendes)

(Alessandra Mendes)

A fábrica Fogos Globo, que explodiu na última terça-feira (15) e matou quatro mulheres e feriu um rapaz, foi parcialmente interditada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG). Desde quinta-feira (17), a empresa que fica em Santo Antônio do Monte, região Centro-Oeste de Minas, está impedida de realizar a bicação de bombas enumeradas. Contudo, as outras atividades estão liberadas para produção e funcionamento.   Conforme Francisco Reis, chefe de Saúde e Segurança da SRTE/MG, para reabrir o setor que foi fechado e destruído pela explosão, a empresa terá que solicitar uma nova vistoria. O funcionamento só será autorizado se todas as exigências de segurança estiverem em dia. "Todo acidente não tem uma única causa, mas várias causas, um conjunto de fatores. Vamos aproveitar a fiscalização para identificar as causas, determinar o que tem que ser feito e, assim, gerar uma melhora nos processos", disse.   O galpão onde o serviço era realizado terá que ser reconstruído e, por isso, alguns funcionários tiraram férias coletivas.   Insegurança   Apesar das constantes fiscalizações do Exército, fábricas de fogos de artifício em Santo Antônio do Monte conseguem driblar as vistorias, evidenciando a fragilidade do processo. Funcionários das empresas apontam que o material é armazenado de forma e em quantidade irregular, e que as normas de segurança não são tão rígidas entre uma fiscalização e outra. As falhas podem justificar a expansão do número de vítimas nos últimos anos. De 2011 até agora já foram registradas 12 mortes.   O Exército informou que a fábrica onde ocorreu a explosão na terça-feira foi fiscalizada no em 26 de março deste ano e que estava regular. Explicou, ainda, que a indústria é registrada e controlada pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 4ª Região Militar, com sede em Belo Horizonte.   Acidente   Maria José da Soledade Campos, de 27 anos, Maria das Graças Gonçalves Siqueira, de 42, Diana Cristina Maciel, de 27 e Marli Lúcia da Conceição, de 41, funcionárias da fábrica de fogos de artifício Fogos Globo, morreram em uma explosão registrada na manhã do dia 15 de julho. Elenílson Gonçalves, de 19 anos, ficou ferido. O delegado Lucélio Silva e o Exército investigam as causas do acidente e o laudo pericial deve ficar pronto em 30 dias.

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