Falsos vendedores de piscina são presos após golpes em BH e Esmeraldas
Suspeitos solicitavam um valor de entrada, via transferência bancária, e não realizavam a entrega do produto nem do serviço
Um homem de 44 anos e uma mulher de 26 foram presos durante operação realizada na Grande BH nesta terça-feira (9) para desarticular um grupo que estaria dando golpes fingindo vender piscinas na capital e em Esmeraldas. O prejuízo, de acordo com a Polícia Civil, seria superior a R$ 200 mil.
De acordo com investigações conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia Civil em Sabará, os investigados realizavam anúncio em uma plataforma de compra e venda de rede social com ofertas de instalação de piscinas.
Para concretizar o negócio, os suspeitos solicitavam um valor de entrada, via transferência bancária, e não realizavam a entrega do produto nem do serviço. Até o momento foram identificadas e ouvidas nove vítimas, mas a Polícia Civil acredita que pode haver um número maior.
“Os investigados causaram prejuízo, ainda, à fábrica de piscina e prestadores de serviço, realizando o pagamento por meio de cheque fraudulento e sem fundos”, revelou o delegado Matheus Henrique Rezende.
Até o momento, a PCMG contabilizou o prejuízo de R$ 57 mil para a fábrica de piscinas e serviços de instalação, além do causado às vítimas/clientes, que totalizam mais de R$ 200 mil.
Ainda segundo Rezende, a proprietária da fábrica de piscina declarou que os investigados levavam as vítimas até o estabelecimento para demonstrar credibilidade. “A proprietária acrescentou que diversas vítimas, após descobrirem que haviam caído em um golpe, procuraram a fábrica desamparadas, no que ela ainda tentou auxiliar fazendo a venda de piscinas a preço de custo, segundo ela, pelo quanto as pessoas chegavam desoladas”, detalhou o delegado.
Como o grupo "vendia" as piscinas
Segundo as investigações, os suspeitos adotavam como estratégia criminosa realizar a entrega de apenas uma piscina em cada condomínio. “Dessa forma eles ganhavam a confiança dos demais condôminos, que posteriormente foram lesados pelo mesmo golpe”, explicou Matheus Rezende.
O investigado de 44 anos, preso hoje, apontado pela Polícia Civil como líder da associação criminosa, tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, violência doméstica e crimes patrimoniais.
Após os procedimentos de polícia judiciária, os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional. As investigações prosseguem para a prisão de um terceiro envolvido, de 33 anos, não localizado pela polícia até o momento e é considerado foragido.