O atendimento no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, em Belo Horizonte, está comprometido por causa da falta de materiais básicos, como luvas, gazes e fitas para qualificação de produtos esterilizado. A denúncia foi feita pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG), que informou que as cirurgias eletivas estão suspensas desde a última terça-feira (12).
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) reconhece que o atendimento teve que ser restrito devido à falta de alguns insumos vitais e esclareceu que a medida foi adotada "para garantir a assistência segura tanto para o usuário quanto para o servidor".
Porém, conforme a Fhemig, a situação já está se normalizado e, até segunda-feira (18), o atendimento deve voltar à totalidade. "Hoje, com o remanejamento de alguns materiais entre as unidades da Rede e a entrega de outros por fornecedores, foi possível retomar a maioria dos serviços", explicou por meio de nota.
A diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, confirmou que alguns insumos começaram a ser entregues para os profissionais do hospital. Mas segundo ela, o cenário do Júlia Kubitschek está longe do ideal. "É impossível o trabalhador da área da saúde atuar sem o material básico. Vamos avaliar como está a entrega dos materiais e, dependendo, vamos ter que parar a unidade", declarou.
Atendimento gratuito
Apesar da restrição, a Fhemig garantiu que não há superlotação no hospital e que as equipes médicas estão completas. "E o atendimento de urgência e emergência está funcionando normalmente na unidade", informou a Fhemig.
Ainda conforme a entidade, diretores de vários hospitais reuniram-se na quarta-feira (13) em BH. Todos falaram das necessidades de cada unidade e a presidente da Fhemig, Vânia Cunha, informou que está providenciando a liberação de recursos, junto à Secretaria de Estado da Fazenda e Secretaria de Estado da Saúde, para garantir a assistência a todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).