Briga de trânsito

Família de instrutor de autoescola clama por justiça: 'pessoa que matou meu irmão está solta'

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
17/04/2023 às 10:23.
Atualizado em 17/04/2023 às 10:35
Indignados, familiares e amigos se reúnem na porta do hospital na manhã desta segunda-feira (Valéria Marques)

Indignados, familiares e amigos se reúnem na porta do hospital na manhã desta segunda-feira (Valéria Marques)

Dor e indignação tomam conta dos familiares do instrutor de autoescola, de 48 anos, que teve morte cerebral após ser arrastado por um carro na manhã desta segunda-feira (17). O caso ocorreu na última quarta-feira (12), durante briga de trânsito no bairro Floramar, na região Norte de Belo Horizonte. 

A confusão foi registrada quando Alessandro Gomes de Carvalho dava uma aula de direção, em um Fiat Mobi. O veículo da autoescola foi atingido por um Volkswagen Voyage na rua José Lima de Almeida. Após a batida, segundo relato do aluno, de 19, Alessandro tentou uma solução "amigável", mas, quando propôs fazer o boletim de ocorrência, o suspeito entrou no automóvel e disse que iria embora. 

A vítima então tentou impedir a fuga se colocando sobre o capô do carro, mas foi arrastada, caiu e bateu com a cabeça no meio-fio. Ele foi socorrido para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, onde permanece internado. Segundo parentes, na nesse domingo (16), os médicos informaram que o quadro de saúde de Alessandro é irreversível. 

Indignados, familiares e amigos se reúnem na porta do hospital na manhã desta segunda-feira (17). A irmã da vítima, Tatiane Gomes de Carvalho, de 45, afirmou que eles estão revoltados com o fato do motorista ainda estar foragido. 

"O sentimento de toda a minha família é de muita indignação. Já foi declarado que meu irmão teve morte encefálica e que é questão de horas para ele falecer e liberarem o corpo. Só que tem um criminoso solto. A pessoa que matou o meu irmão está solta, ele fugiu e até hoje ninguém localizou ele", reclama. 

Tatiane se emociona ao falar do irmão. Segundo ela, Alessandro morava com a esposa, um dos filhos e com a mãe, que é idosa e necessita de cuidados constantes. "Minha mãe é cardíaca, ano passado teve três infartos. Eu e meu outro irmão somos cadeirantes e não temos condições de cuidar da minha mãe, então ele que cuidava dela. E agora quem vai cuidar dela?", lamenta. 

O suspeito do crime segue foragido. Segundo relato de testemunhas à Polícia Militar, o motorista seria um idoso de cabelo grisalho.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que abriu um inquérito policial para apurar a autoria e circunstâncias do acidente de trânsito. "A investigação segue em andamento para esclarecimentos e responsabilização do envolvido", diz o comunicado.

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