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O corpo da idosa de 91 anos, que havia sido trocado por uma funerária e entregue por engano a outra família, na última segunda-feira (11), foi enterrado na manhã desta quinta (14), no cemitério da Saudade, na região leste de Belo Horizonte.
Após a troca, a idosa foi velada e enterrada por familiares de um outro idoso, no cemitério da Consolação, também na capital mineira. Na tarde dessa quarta (13), a exumação do corpo foi realizada para processo de reconhecimento.
A idosa estava internada desde o último sábado (9), no Hospital São Francisco de Assis, no bairro Concórdia, com suspeita de Covid-19, e morreu na segunda-feira. O enterro, que seria realizado na terça (12), foi concluído apenas às 9h desta quinta. “Estou melhor agora. Missão cumprida, conseguimos. Minha avó agora descansa em paz”, contou Josiane.
Entenda
O corpo da idosa foi trocado pelo de um homem, e entregue aos familiares dele para sepultamento na segunda-feira. A família da idosa apenas soube da troca na terça, no cemitério da Saudade, local onde a mulher deveria ser velada.
Segundo a neta dela, inicialmente, o enterro seria realizado às 13h. Porém, próximo ao horário estabelecido, os familiares foram informados pela funerária que o corpo havia sumido. “Nos deixaram sem notícias até às 13h. Ficamos aguardando o corpo chegar, mas não chegou. Entramos em contato com a funerária e eles informaram que, quando chegaram ao hospital para buscar o corpo, na terça de manhã, ele já tinha sumido. O hospital não sabia onde estava e a funerária dizia que também não estava com ele”, contou
No hospital, a família foi informada que a idosa já havia sido sepultada, por engano, na segunda. Ela teria sido trocada por outra pessoa. “Trocou por um corpo e a família dele sepultou a minha vó enganada. Quando eles (hospital) viram que tinham feito coisa errada, entraram em contato com a gente e pediram que a gente fosse para o hospital. Quando chegamos, soubemos que o outro corpo ainda estava no necrotério e que a minha avó tinha sido enterrada no lugar dele”, finalizou.
"Houve um equívoco"
Procurada, a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis (FHSFA) informou, por nota, que “houve um equívoco por parte da funerária no recolhimento do corpo para deslocamento ao local do enterro” e que, “quando o paciente vai a óbito, é feita a identificação para o mesmo e essa identificação o acompanha em todas as etapas, seguindo todos os processos sistêmicos da Fundação. Todas as etapas são registradas e conferidas por meio de protocolos para garantir a segurança da informação”, disse.
A unidade ainda esclareceu que, neste caso, foi identificado que não houve a devida conferência por parte da funerária o que, “infelizmente, ocasionou na troca dos corpos”.
Uma reunião foi realizada pelo hospital, com a presença dos familiares, como forma de solução para o ocorrido. “Na ocasião, a funerária assumiu a responsabilidade, informando que adotará as ações necessárias para remediar o ocorrido, arcando com todas as despesas”.
O Hoje Em Dia entrou em contato com a funerária em questão, mas foi informado por uma atendente que não havia ninguém no local para falar sobre o fato no momento.
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