Loca da doença

Febre maculosa: capivaras na Lagoa da Pampulha deixam moradores de BH em alerta

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
14/06/2023 às 17:57.
Atualizado em 14/06/2023 às 19:23

(Samuel Costa / Arquivo Hoje em Dia)

Apesar de a cidade ainda não ter nenhum caso de febre maculosa confirmado a Prefeitura de Belo Horizonte está apreensiva e já adota cuidados, especialmente,para a idade moradores à Lagoa da Pampulha, local que já foi foco da doença na capital mineira.

Em Minas, nove casos já foram confirmados. Cartão postal de BH, a lagoa também é marcada pela paisagem e por um fator curioso: a presença das capivaras, hospedeiros do carrapato estrela, responsável pela doença.

A possível volta da doençatem causado preocupação em quem comparece ao local, como relata Athos Bonifacio, de 67 anos.

“Eu evito sentar na grama e descer da bicicleta próximo a grama pois tenho medo de ser mordido pelo carrapato. Só frequento a ciclovia mesmo”.

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Em 2017, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) iniciou um processo para controlar a população de capivaras na Pampulha, restringindo a reprodução por meio de castração e microchipagem. Desde então, o número de animais diminuiu, mas o receio no local ainda permanece. “Ainda encontro umas três ou quatro no trajeto que eu faço na orla. Diminuiu bastante, mas ainda aconselho as pessoas a evitarem a grama. Tenho muito medo da Febre Maculosa”, comentou Athos.

Situação tranquila

Até o momento, Minas registrou nove casos da doença em 2023. Desses, dois óbitos evoluíram para óbito, ambos na cidade de Manhuaçu, na Zona da Mata. Porém, BH ainda não é uma cidade no mapa da doença, o que tranquiliza outros moradores que frequentam a lagoa, como é o caso do curitibano Anderson Iglesias, que mora em BH há 10 anos. “Até o momento, não tenho receio nenhum de andar na Lagoa. Não tenho visto muito as capivaras, que são as responsáveis por transmitir a doença. Então por enquanto tô tranquilo”. descultou.

 

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Ações contra a doença

Como forma de evitar a volta dos casos na cidade, a PBH informou que mantém o calendário de ações nos meses de abril, agosto e novembro com a vigilância acarológica, que consiste no monitoramento ambiental dos carrapatos.

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio dos Agentes de Combate a Endemias, também mantém ações educativas, com a distribuição de material informativo e preventivo para a população. Além disso, entre os meses de abril e agosto, é realizado controle vetorial em animais que possam servir de hospedeiro para o carrapato.

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