Feira do Mineirinho é embargada na manhã deste domingo

Elemara Duarte e Janaína Martins - Hoje em Dia
02/02/2014 às 10:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:44

(Eugênio Moraes)

Feirantes e clientes da Feira do Mineirinho, na Pampulha, deram com o nariz na porta, ou melhor, nas grades fechadas do ginásio nesta manhã de domingo (2). Neste momento, eles aguardam explicações da empresa administradora do local. Alguns feirantes foram avisados durante a madrugada, por mensagens de celular, sobre um possível embargo à exposição foi decidido na sexta-feira (31).   A tradicional feira, que funciona às quintas e aos domingos, tinha voltado a funcionar no dia 24 de novembro depois de vários meses fechada por causa das obras no ginásio para a Copa do Mundo.   Tentando reconquistar o direito de trabalhar, feirantes tiveram que fazer diversas manifestações nas avenidas no entorno no Mineirinho. A feirante Gladislene, a Lena do peixe, calcula em pelo menos R$ 2 mil o prejuízo. “Comprei boa quantidade de peixe e óleo e já paguei R$ 1 mil pelo aluguel de duas barracas por quinze dias. Estou zerada. Se não vender, como vou conseguir honrar meus compromissos”, reclamou. A vendedora de roupas de bebê Márcia Corni ainda não tinha se recuperado do susto. “Minha mercadoria está toda lá dentro. Só hoje vou deixar de ganhar R$ 600”, queixou-se.
O fechamento desagradou feirantes e clientes também. A carioca Leila Silva decepcionou-se com o cadeado na entrada da feira. “É um absurdo, um desrespeito com os expositores e com os fregueses. Sai de Contagem, onde mora minha irmã, para nada”, desabafou.   Segundo a presidente da Associação dos Expositores da Feira do Mineirinho (Afem), Vanessa Servidanes, a maior preocupação é com os produtos perecíveis. Mas o rombo é grande para todos os 450 feirantes, que atualmente tentam recuperar as perdas acumuladas de abril a novembro de 2013, quando o local foi fechado por causa das obras para a Copa do Mundo. “Neste período, 90% dos expositores perderam sua principal fonte de renda. Estamos num momento difícil, de correr atrás do prejuízo”, disse ela, que comercializa roupas de ginástica.

De acordo com Vanessa, o advogado da Afem tentará reverter a decisão e permitir o funcionamento do evento na próxima quinta-feira (6). São mais de cinco mil visitantes por dia.   A assessoria de imprensa da PBH disse que  feira funcionava desde novembro em situação irregular, sem alvará. E que várias notificações foram feitas, a última delas na sexta-feira passada. A administradora da feira, Érica Miziara, não atendeu às ligações.

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