550 mil doses

Fiocruz libera primeira vacina nacional contra Covid-19

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
22/02/2022 às 22:15.
Atualizado em 22/02/2022 às 22:15

(Divulgação / Bio-Manguinhos/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz disponibilizou para o Ministério da Saúde as primeiras doses da vacina contra Covid-19 produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. O primeiro lote de vacinas nacionais já foi liberado pelo controle de qualidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) no dia 14 de fevereiro.

De acordo com a Fiocruz, as pouco mais de 550 mil doses disponibilizadas já compõem as entregas da contratadas pelo Ministério da Saúde para 2022. Ao todo, o MS contratou 105 milhões de doses da vacina da instituição para este ano, sendo 45 milhões de doses da vacina nacional.

Os imunizantes serão entregues conforme cronograma pactuado e demanda estabelecida pela pasta. A Fundação já produziu um quantitativo de IFA nacional equivalente a cerca de 25 milhões de doses de vacina, das quais envasou 2,6 milhões de doses, incluindo as 550 mil já disponíveis. As demais, cerca de 2 milhões, estão em diferentes etapas para liberação. 

Segundo a Fiocruz, a produção 100% nacional traz ainda benefícios econômicos, contribuindo para o comércio nacional da saúde, ao reduzir a necessidade de importações e trazendo garantia de oferta do imunizante pelo PNI à população, quaisquer que sejam os esquemas vacinais que venham a ser adotados pelo programa do Ministério da Saúde no futuro.

Ao mesmo tempo, trata-se de uma das vacinas de mais baixo custo, com o valor de U$ 5,27 por dose, o que contribui para a sustentabilidade econômica do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A liberação das primeiras vacinas Covid-19 100% nacionais, agora disponíveis para o Ministério da Saúde, é um marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

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