Em apenas dois meses, os ônibus do transporte público de Belo Horizonte já acumulam 7.271 autuações – média de 121 por dia, ou cinco por hora. Mau funcionamento do freio de portas e do elevador, omissão de viagens e superlotação estão entre as principais irregularidades. O reforço na fiscalização ocorre desde janeiro, em mais uma ação de contrapartida ao repasse de meio bilhão de reais às concessionárias.
Segundo a prefeitura de BH, foram 1.037 ações de fiscalização, com 6,4 mil coletivos vistoriados – alguns mais de uma vez. Além das autuações, 257 autorizações de tráfego (AT) foram recolhidas e 13 veículos levados ao pátio do Detran-MG. As empresas que apresentam ônibus com problemas não recebem a remuneração prevista no contrato.
As fiscalizações são realizadas por agentes da Sumob, BHTrans e Guarda Municipal nas portas das garagens, nas estações, ao longo dos itinerários das linhas e também no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) através do SITBUS, um sistema conectado ao GPS dos ônibus que acompanha cada viagem do transporte coletivo.
Portas das garagens
Em fevereiro, a fiscalização começou a ser feita nas portas das garagens das empresas. Nessa operação, os veículos são abordados quando estão saindo para realizar as viagens. Segundo a PBH, o objetivo é focar nos ônibus que estão trafegando sem documento de autorização e os que têm maior número de reclamações registradas no canal de WhatsApp. Até o momento foram realizadas vistorias em 23 garagens.
Os passageiros também podem ajudar. Eles devem registrar a reclamação nos canais disponíveis da Prefeitura, como o Portal de Serviços, pelo Aplicativo gratuito PBH APP, pelo WhatsApp (31) 98472-5715 e por meio das Comissões Regionais de Transportes e Trânsito. Além da linha, é necessário que o passageiro informe o número do veículo e horário da ocorrência para melhor direcionar as equipes de fiscalização.
De acordo com a prefeitura, todas as reclamações são apuradas e enviadas às concessionárias para a resolução dos problemas apontados pelos usuários.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) foi procurado, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
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