Máscaras são legado da pandemia que veio para ficar, avalia secretária de Saúde de BH (Arquivo / Hoje em Dia)
O fim da obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados em Belo Horizonte já divide opiniões. Algumas pessoas ainda não se sentem seguras diante da flexibilização das medidas de prevenção da Covid-19 e outras não vêem a hora de sentir o rosto livre novamente.
O anúncio da flexibilização foi feito nesta quarta-feira (27) pela secretária de Saúde da capital, Cláudia Navarro. E o decreto já começa a valer nos primeiros minutos desta quinta-feira (28), quando o decreto será publicado.
Para a estudante Maria Clara Battaglin, de 19 anos, a decisão foi precipitada, já que os casos de Covid ainda são registrados e a cobertura vacinal no país ainda não atingiu todas as pessoas.
Mesmo com o uso de máscara ainda sendo obrigatório no transporte público da cidade, a jovem conta que não se sente segura e que, mesmo sendo proibido ficar sem ao item de proteção faciual, o uso vinha sendo negligenciado por alguns passageiros. “Tem bastante gente que já entra no ônibus sem máscara. E é complicado, porque tem muitas pessoas tossindo, muitas pessoas gripadas, ainda mais nessa época de mudança de clima. Então, é mais fácil ocorrer a transmissão”, disse a estudante.
(Lucas Prates / Hoje em Dia)
Já sem máscara, o comerciante Breno Frota, de 36 anos, acha que já passou da hora de a Prefeitura de Belo Horizonte flexibilizar a medida de proteção. Para ele, a liberação deveria ser total, mesmo no transporte público e nas unidades de saúde. “Se for para liberar, tem que liberar tudo”, afirma.
(Lucas Prates / Hoje em Dia)
A universitária Isabela Gonçalves Pereira afirmou que, mesmo com o avanço da imunização contra o coronavírus, ainda há riscos de transmissão. Para a estudante de Direito, a continuidade do uso de máscara nos locais fechados é uma proteção extra, porque em ambientes externos há um afrouxamento quanto ao uso. “É uma questão de saúde pública. Mesmo não sendo tão necessário, em alguns ambientes deveria continuar sendo obrigatório”, disse.
De acordo com a secretária de Saúde, Cláudia Navarro, a fiscalização do uso de máscaras nos ônibus, metrô, transporte escolar e unidades de saúde ficará a cargo das empresas competentes.
Em nota, a PBH informou que a Guarda Municipal atua em toda a cidade para garantir a ordem pública e a segurança preventiva dos cidadãos nos equipamentos públicos e no entorno deles.
As rondas, continua a nota, incluem estações do Move e o entorno de cabines de embarque. E os motoristas podem acionar os agentes caso haja resistência de passageiros em usar a máscara dentro dos coletivos.
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