Pelo menos 60 pessoas ficaram intoxicadas com a fumaça de um incêndio na madrugada desta quinta-feira (14), no bairro Cidade Industrial, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas são funcionários da empresa de construção civil Montplam, de João Monlevade, que usa um hotel desativado como alojamento.  Antes que o Corpo de Bombeiros chegasse ao local para combater as chamas, moradores vizinhos ajudaram os operários a saírem do local. Segundo a corporação, as pessoas não conseguiram encontrar a chave da saída principal e uma parede precisou ser quebrada para a saída dos trabalhadores.   Um dos vizinhos, o bombeiro hidráulico Rogério Queiroga da Silva diz que o fogo surgiu após uma explosão, possivelmente de um botijão de gás. Segundo ele, as chamas tomaram conta do primeiro andar do antigo hotel, produzindo a fumaça que se espalhou pelo edifício.    Parte do alojamento foi destruída e a Defesa Civil vai fazer vistorias para saber se a estrutura foi abalada. Cerca de 60 operários inalaram a fumaça tóxica e precisaram ser encaminhados para o Hospital Municipal de Contagem. Até o início da noite dois trabalhadores ainda permaneciam internados em observação, sem correr risco de morte.   Segundo o Corpo de Bombeiros, não foram encontrados documentos que autorizassem o funcionamento do hotel desativado como alojamento. Além disso, não existe plano de combate de incêndio. No edifício não há extintores, sinalização adequada ou saídas de emergência.     Perícia não descarta hipótese de curto-circuito    Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil fizeram levantamentos no prédio e não afastam a possibilidade de que o incêndio tenha sido provocado por um curto-circuito na precária fiação elétrica.   A empresa Montplan Construções foi procurada, por telefone, pela equipe do Hoje em Dia, mas funcionários em João Monlevade informaram que nenhum diretor iria se pronunciar sobre o caso.    O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil em Minas informou, em nota, que recebeu denúncias sobre as condições precárias do prédio e que vai cobrar providências do Ministério do Trabalho e do Ministério Público Estadual. 
Atualizada às 21h30 *Com informações de Gabi Santos

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