
O primeiro Oscar do Brasil foi tema durante o desfile de vários blocos de Carnaval em Belo Horizonte. A derrota do “Ainda Estou Aqui” para o “Anora”, como Melhor Filme, na noite desse domingo (2), ganhou uma placa adaptada por foliões como um “alerta da Defesa Civil”.
De acordo com os criadores, que levaram "a obra" para o cortejo do bloco Alcova Libertina, nessa segunda-feira (3), inicialmente, o registro era contra o filme “Emilia Perez”, outro concorrente de “Ainda Estou Aqui” na categoria de "Melhor Filme Internacional".
“A gente estava torcendo pela produção brasileira desde o início, tanto é que a placa inicialmente estava escrita Emilia Perez. Após o resultado ontem, atualizamos”, brincou a estudante de odontologia, Isadora Velasco, de 23 anos.
Por outro lado, os amigos e diversos foliões que estavam no cortejo celebraram a conquista inédita da estatueta na categoria “Melhor Filme Internacional". O último longa brasileiro indicado na mesma categoria foi "Central do Brasil", em 1999.
Estrelado por Fernanda Torres, o filme conta a trajetória da advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971. Disputou a estatueta com "Emilia Pérez", "Anora", "O Brutalista", "Um Completo Desconhecido", "Conclave", "Duna: Parte 2", "Nickel Boys", "A Substância" e "Wicked".
Quem foi Eunice Paiva
O filme dirigido por Walter Salles é um relato biográfico de parte da vida de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar. O papel de Eunice é interpretado por Fernanda Torres.
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