Contaminado com Etilenoglicol

Fornecedor do propilenoglicol diz não fabricar o produto que vem sendo associado às mortes de cães

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
08/09/2022 às 15:27.
Atualizado em 08/09/2022 às 15:45
 (Alexandr Ivanov / Pixabay )

(Alexandr Ivanov / Pixabay )

A empresa Tecno Clean, que fornece propilenoglicol – substância usada no processo de fabricação de alimentos para humanos e animais – à empresa Bassar Pet Food, fabricante dos petiscos associados aos casos de intoxicação em cães, disse que não fabrica a substância, "apenas revende o produto de outro fornecedor".

Nessa quarta-feira (7), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou que as empresas suspendam o uso de dois lotes de propilenoglicol da Tecno Clean por indícios de contaminação de outra substância, o etilenoglicol, que é tóxica para o consumo animal ou humano, e seria responsável pela morte de pelo menos 40 cachorros em Minas e em outros estados. A causa da contaminação ainda está sendo investigada.

A intoxicação dos animais que comeram petiscos da marca Bassar vems endo investigada pela Polícia Civil (PC) de Minas e pelo Mapa desde a última semana.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (8), a Tecno Clean explicou que compra propilenoglicol da empresa A&D Quimica Comércio Eireli e que "apenas revende ao mercado nacional como distribuidor".

Segundo a empresa, a A&D Quimica também não é fabricante do insumo, mas importadora da substância.

A Tecno Clean ressaltou que, "caso fique comprovado que a contaminação vem de tal produto (propilenoglicol), a falha deve ser procurada e entendida entre o importador e o fabricante".

A empresa disse ainda que está à disposição das autoridades públicas e sanitárias, "totalmente aberta à transparência e para provar a lisura de sua conduta no mercado de alimentos de pets".

Nessa quarta, a Bassar também divulgou uma nota, reforçando que está realizando um recall de todos os produtos e que já havia interrompido a produção na última semana.

A empresa destacou que o etilenoglicol, substância tóxica que causou a morte dos animais, não faz parte de nenhuma etapa de sua cadeia de produção.

O Hoje em Dia procurou a A&D Química e a Polícia Civil para esclarecimentos e aguarda retorno.

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