Região Norte

FOTOS E VÍDEOS: casas ameaçam desabar, e rua é interditada no bairro Primeiro de Maio, em BH

Defesa Civil realizou vistoria em residências na rua Cesena e interditou a via

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 21/03/2025 às 09:24.Atualizado em 21/03/2025 às 12:17.

A rua Cesena, no bairro Primeiro de Maio, região Norte de Belo Horizonte, foi interditada pela Defesa Civil da capital na noite de quinta-feira (20) devido ao risco iminente de desabamento de oito casas.

Moradores relataram à reportagem nesta sexta-feira (21) que 30 pessoas estão desalojadas há quase dois meses devido à ameaça de colapso das residências. A vistoria que determinou a interdição da rua apontou um aumento da erosão nos imóveis já interditados. A rua Cesena, por ser estreita, representa risco para pedestres em caso de desabamento.

Segundo os moradores, os problemas começaram após obra da Copasa. Em fevereiro, as casas começaram a apresentar rachaduras severas, fendas e estalos. Mais de 30 pessoas precisaram deixar suas casas.

"O pessoal ligava para a Copasa vir arrumar, mas não resolvia, até que uma moradora da casa dos fundos ouviu uns estalos e encontrou trincas e rachaduras. As casas ao lado também começaram a apresentar problemas. As casas estão desabando e a gente está fora de casa", relatou Wellington Luiz, oficial de manutenção de 29 anos.

A zeladora Núbia Magela afirma que a Copasa nega a responsabilidade pelos problemas, mas os moradores têm provas do contrário. "Estamos pagando aluguel, saímos das nossas casas, e agora a situação piorou. A Copasa tem um laudo que descarta a culpa, mas nós temos um laudo que comprova a responsabilidade deles", disse.

Em nota, a Copasa informou que o laudo da perícia independente, realizado nos imóveis apontou que os danos nas residências não têm relação com as redes da empresa no local.  

A companhia disse ainda que vistorias na rede de esgoto apontou que o funcionamento estava normal e as vistorias na rede de água mostrou que o vazamento não provocou erosão no seu entorno e era de baixa pressão, não sendo possível causar os danos nos imóveis.

"A Copasa reforça que demais assuntos relacionados ao caso estão sendo tratados judicialmente. Diante disso, a Companhia só se manifestará nos autos do processo", detalhou.

Já a prefeitura de BH, por meio da Defesa Civil, apontou que oito imóveis localizados na rua Cesena, números 3 (A, B e C), 6, 31 (A, B e C) e 41, foram devidamente vistoriados. Veja nota abaixo:

"Todos os moradores foram orientados e notificados dos riscos no dia 6 de fevereiro. Além disso, nos dias 10 e 14 de fevereiro, foram realizadas vistorias preventivas. Por questão de segurança, a via foi parcialmente interditada no dia 14 de fevereiro, e os moradores foram, em todas essas datas, instruídos a manter o isolamento total dos imóveis, evitando expor suas vidas e a de terceiros a riscos.

Por último, no dia 20 de março, novas vistorias foram realizadas em sete dos imóveis, onde foi constatada a evolução de trincas e rachaduras, abatimento do asfalto e processo erosivo. Foi realizado o reforço da sinalização de interdição na via. Não foi possível realizar a vistoria no imóvel número 41, pois o morador não estava presente, e uma nova vistoria será agendada. Todos os imóveis continuam interditados e, novamente, todos os moradores foram orientados e notificados a manter isolamento total dos imóveis e parcial da via, evitando expor suas vidas e a de terceiros a riscos.

Também foi reforçada a necessidade de providenciar uma avaliação técnica especializada para identificar e solucionar as causas dos problemas estruturais.

Os moradores foram ainda orientados a acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 em caso de agravamento da situação. No total, 21 pessoas precisaram desocupar suas residências e receberam acolhimento por parte de familiares e assistência humanitária da Defesa Civil."

Entenda o caso

No dia 14 de fevereiro, a Defesa Civil informou que os imóveis localizados na Rua Cesena, números 3 (A, B e C), 6, 31 (A, B e C) e 41, passaram por vistoria de risco no dia 6 de fevereiro. Na ocasião, os moradores foram orientados e notificados sobre os riscos e a necessidade de avaliação técnica especializada.

No dia 10 de fevereiro, os moradores foram novamente instruídos a manter o isolamento total dos imóveis.

Após novo monitoramento no dia 14 de fevereiro, a Defesa Civil constatou a evolução dos riscos estruturais e determinou o isolamento parcial da via e das garagens dos imóveis de números 4, 12A e 22.

21 pessoas precisaram desocupar seus imóveis e foram acolhidas por familiares. A Defesa Civil forneceu cestas básicas, colchões, cobertores e lençóis como medida de assistência humanitária.

A Copasa, apontada pelos moradores como responsável pelas rachaduras, realizou perícia técnica e informou que o laudo descartou a responsabilidade da companhia. A partir de então, a empresa só se manifestará judicialmente sobre o caso.

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por