Agradecer sempre

FOTOS: padroeiro dos motoristas, São Cristóvão é celebrado em BH

Santo também é conhecido como protetor dos barqueiros, peregrinos e viajantes

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
25/07/2024 às 14:12.
Atualizado em 25/07/2024 às 16:56

Igreja de São Cristóvão recebeu fieis desde cedo, para celebrar o dia do padroeiro dos motoristas (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Com as chaves do veículo na mão, o motorista Eurípedes Garcia Alcântara, 80 anos, era um dos fieis que assistiam, na tarde desta quinta-feira (25) à missa na igreja de São Cristóvão, que fica no bairro de mesmo nome, região Noroeste de Belo Horizonte. Todos foram celebrar o dia do santo que é conhecido como padroeiro dos motoristas.

"A graça que recebemos de Deus é ter São Cristóvão cuidando de nós. E sempre que eu posso, venho aqui agradecer", contou o motorista, que por  cinco décadas rodou em táxi e, atualmente, trabalha prestando serviços particulares. Neste dia 25, levou as chaves do veículo para que fossem benzidas.

As missas começaram logo cedo. A última será celebrada às 19h, que irá encerrar os dez dias da 74ª Festa em Honra a São Cristóvão, que este ano teve o tema “Para que todos sejam um”.

Com as chaves do veículo na mão, o motorista Eurípedes Garcia Alcântara, 80 anos, foi agradecer a São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Sobre São Cristóvão

De acordo com a Arquidiocese de BH, a figura mais frequente de São Cristóvão é representada por um homem grande, usando barba, que carrega o Menino Jesus nos ombros, ajudando-o a atravessar um rio; o Menino segura o mundo nas pontas dos dedos, como se brincasse com uma bola. Esta imagem remonta a uma das lendas mais famosas sobre a vida do Santo, martirizado em 25 de julho em Anatólia, na Lícia. Segundo esta tradição, o verdadeiro nome era Reprobus, um gigante que queria prestar serviço ao rei mais poderoso do mundo.

Ao chegar à corte de um rei, que achava ser invencível, pôs-se ao seu serviço. Mas, certo dia, percebeu que o rei, ao escutar o canto de um trovador que falava do diabo, fez o Sinal da Cruz. Então, perguntou-lhe o porquê. E o rei lhe respondeu que tinha medo do diabo e que todas as vezes que o ouvia falar em seu nome, fazia o sinal da cruz para buscar proteção.

Desta forma, o o homem pôs-se a procurar o diabo, que pensava que fosse mais poderoso que o seu rei. Não demorou muito e o encontrou; assim, pôs-se a servi-lo e a segui-lo. Porém, um dia, passando por uma rua onde havia uma cruz, o diabo desviou seu caminho. Então, Reprobus perguntou-lhe porquê havia agido desta maneira. E o diabo foi obrigado a admitir que Cristo tinha morrido na Cruz; por isso, diante da Cruz, tinha que fugir de medo.

Por fim, Reprobus deixou o diabo de lado e pôs-se à busca de Cristo. Certo dia, encontrou um eremita que lhe sugeriu construir uma cabana às margens de um rio, cujas águas eram perigosas, e colocar-se à disposição das pessoas a atravessá-lo, uma vez que tinha uma estatura gigantesca.

Um belo dia, o bom gigante ouviu uma voz de criança, que lhe pedia ajuda: era um menino que queria atravessar o rio. Então, o gigante o colocou sobre os ombros e o carregou para o outro lado daquele rio perigoso. Enquanto fazia a travessia, o peso daquela criança aumentava cada vez mais, tanto que, com muito custo, conseguiu chegar à outra margem. Lá, o menino revelou sua identidade: era Jesus e o peso, que havia carregado, era o do mundo inteiro.

Esta história fez com que São Cristóvão fosse conhecido como padroeiro dos barqueiros, peregrinos, viajantes e motoristas.

Igreja de São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Fiéis na missa na Igreja de São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Missa na Igreja de São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Missa na Igreja de São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Missa na Igreja de São Cristóvão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

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