Fraude da venda de vagas lesou oito faculdades mineiras

Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
15/12/2012 às 11:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:36
 (Ivaldo Cavalcante/Arquivo Hoje em Dia)

(Ivaldo Cavalcante/Arquivo Hoje em Dia)

Oito das 40 faculdades de Medicina do país que sofreram fraudes no vestibular são de Minas Gerais. Se identificados, os alunos – que chegaram a pagar até R$ 80 mil por uma vaga nas instituições – podem ser expulsos. na sexta-feira (14), o número de pessoas presas por envolvimento no esquema subiu para 51, segundo a Polícia Federal.

Figuram na lista divulgada pela corporação o Centro Universitário de Caratinga; a Faculdade da Saúde e Ecologia Humanas (Faseh), de Vespasiano; a Faculdade de Minas (Faminas), de Belo Horizonte; a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, campus Betim (PUC Betim); o Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam); a Faculdades Unidas do Norte de Minas (Funorte); e a Universidade Presidente Antônio Carlos(Unipac), citada duas vezes – uma delas, com relação ao campus de Juiz de Fora.

Em nota, a PUC Betim informou que “tem as melhores expectativas em relação aos desdobramentos das ações policiais, entendendo que o combate a práticas dessa natureza é imprescindível para a proteção da educação”.

A Unipam, o Centro Universitário de Caratinga e a Faminas informaram que aguardam notificação da Polícia Federal para poder identificar os alunos que fraudaram o vestibular e expulsá-los. Representantes da Unipac, da Funorte e da Faseh não foram encontrados.

Vítimas

Todas as instituições, segundo a Polícia Federal, foram vítimas do esquema. A quadrilha negociava vagas em faculdades privadas porque a segurança no processo seletivo de instituições públicas é muito maior.

Alunos beneficiados podem ser presos, segundo a Lei 12.550/2011. A pena para quem é aprovado em concurso público ou vestibular por meio de fraude vai de 1 a 4 anos de prisão. Já os responsáveis por facilitar ou ajudar os participantes podem pegar de 2 a 6 anos de cadeia.

A próxima etapa da operação será identificar os alunos que recorreram ao esquema criminoso para entrar na universidade. A polícia ainda não sabe

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