Funcionários do Hospital Risoleta Tolentino Neves fizerm um abraço simbólico ao hospital na manhã desta segunda-feira (1º). O protesto foi contra o fechamento da ala de pediatria, que deixou de operar no início do mês passado.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias, Informações e Congêneres de Minas Gerais (SINTAPPI), entre 50 e 70 pessoas participaram do ato, que contou com trabalhadores, membros de movimentos sociais e pacientes.
De acordo com o sindicato, a intenção é sensibilizar sobre o fim da pediatria e tentar pressisonar para que mais verbas sejam alocadas para a unidade de saúde.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital em momento algum o atendimento foi afetado. O número de participantes seria de 20 participantes. Por meio de nota, foi informado que "negociações com as Secretarias de Saúde do Estado de Minas Gerais e de Belo Horizonte continuam ocorrendo, no sentido de buscar orçamentação adequada a garantir o pleno funcionamento do hospital".
Entenda
O orçamento escasso do hospital, qua atualmente acusa um déficit de quase R$ 2,5 milhões, está fazendo com o que a direção da unidade de saúde precise realocar recursos para não comprometer os atendimentos mais graves. Essa foi a justificativa apresentada no dia 13 de julho em audiência da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pelo diretor-geral, Henrique Oswaldo da Gama Torres, para o encerramento da ala de pediatria.
Segundo torres, até 2013 o modelo de financiamento adotado para o hospital era satisfatório, com aporte de recursos do Estado e da União, cada um contribuindo com 50% do dinheiro. Contudo, a unidade começou a enfrentar dificuldades ao fim de 2014. “Corríamos o risco de inviabilizar o hospital a partir daquele momento”, considerou.
Ele afirma que mesmo sem reajustes no orçamento mensal foi necessária a chegada de recursos emergenciais do Ministério da Saúde entre o fim de 204 e o início de 2015 para estancar os crescentes problemas. Em abril do mesmo ano, após negociações com o Estado e a Prefeitura de Belo Horizonte, R$ 3 milhões, metade de cada ente, foram repassados. Com isso, a unidade chegou a R$ 14,5 milhões, contudo as estimativas de custo já superavam o valor.
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