Os impactos causados pelo furto de cabos das estações de transferência do Move, em BH, vão além da interdição de seis cabines que foram alvo de bandidos. Outras 15 estruturas afetadas pelas ações criminosas, desde março, estão com equipamentos desligados. Os fios levados não puderam ser repostos pela BHTrans por conta da falta de estoque.
Conforme o Hoje em Dia mostrou na edição de ontem, ladrões estão furtando o cabeamento das plataformas. O material usado nesses locais atrai por ser mais valorizado no mercado negro, custando até o dobro que outros tipos de fios.
No ato de vandalismo, que requer conhecimento de especialista, os criminosos trocam o cabo por um mais fino, o que faz com que a luz das estações demore a ser desligada. Dessa forma, os criminosos conseguem fugir sem serem flagrados pelos vigias. Até o momento, 11 mil metros do material foram levados.
De acordo com o gerente de Administração e Manutenção Predial da BHTrans, Odirley Rocha dos Santos, as 15 plataformas furtadas receberam de um a dois cabos a menos durante a reposição do que foi roubado. “O que antes era distribuído em três fases, por exemplo, agora fica em duas. Dessa forma, é preciso ligar menos equipamentos”, explicou.
Parte de iluminação das estruturas, o equipamento sonoro que fornece informações sobre as linhas e o nobreak, uma espécie de gerador de energia quando há interrupção do serviço, são alguns dos itens afetados.
Nessa situação estão estações nas avenidas Cristiano Machado (Sagrada Família, Cidade Nova, Silviano Brandão, União e Ouro Minas), Antônio Carlos (Santa Rosa, Operários, Iapi, UFMG, Mineirão, Senai, Liberdade, Cachoeirinha e São Francisco) e Pedro I (Cristiano Guimarães)
A previsão é a de que o problema seja solucionado em até 30 dias, prazo para que o estoque de cabos seja normalizado por meio de licitação, que está em andamento.
Soluções
A BHTrans informou, ainda, que estuda substituir os cabos de cobre por alumínio, que é mais barato e menos atrativo para os ladrões. Os testes devem começar na estação Aparecida, na Antônio Carlos, Noroeste da cidade. A unidade está fechada. Os técnicos também analisam como deixar a fiação menos visível.
Outra medida que poderá ser adotada é a instalação do cabeamento nas áreas monitoradas pelas câmeras de segurança, permitindo aos vigias interceptarem as ações dos bandidos. Atualmente, as caixas ficam na parte inferior das cabines, impossibilitando a visualização dos fios pelos funcionários. “Vamos tentar as duas alternativas para ver qual dá certo”, afirma Odirley.
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