
Após queda em fevereiro, a inflação em Belo Horizonte voltou a subir em março. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas (Ipead), da UFMG, gasolina, aluguel e alimentação fora de casa foram os principais "vilões".
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da capital apresenta alto de 0,29% na primeira prévia de março. O item que mais pesou neste aumento foi a gasolina comum, com 1,63% de crescimento médio no preço do litro.
Por outro lado, o custo da alimentação em casa apresentou leve queda (-0,01%) - a quarta semanal consecutiva -, assim como os gastos com bens e serviços pessoais (-0,03%).
"O que mais subiu nesse momento foram os produtos com preços administrados (que são integral ou parcialmente determinados pelo Governo), puxados pela gasolina e o custo de habitação, tanto com encargos e manutenção quanto com artigos de residência", comentou o economista Diogo Santos, do Ipead.
Preços administrados são os de produtos e serviços que são determinados por contratos ou monitorados, e não pela oferta e demanda. Como o da gasolina, por exemplo, que é determinado pela Petrobras.
"A valorização cambial nos últimos dois meses, a maior oferta de carnes e outros itens nesse período, bem como a manutenção da bandeira tarifária verde, na conta de energia, tem ajudado a gerar um crescimento mais controlado da inflação", explicou o economista.