O Governo de Minas informou no início da noite desta segunda-feira (2) que irá ajudar na remoção do corpo da mineira Marília Rodrigues Silva Martins, que foi encontrada morta dentro de um escritório, na Itália. Em nota, o governador Antonio Anastasia garantiu que o Estado irá auxiliar as autoridades italianas nas investigações para a rápida conclusão do caso. Para isso, a Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado foi designada para coordenar a apuração.
Ainda não há previsão de quando o corpo será liberado para remoção, já que os tramites burocráticos italianos são diferentes. "Somente depois da autopsia e da liberação do corpo teremos uma estimativa de traslado", disse Chyara Sales Pereira, das Relações Internacionais do Governo de Minas.
O tio da mineira, o promotor de Justiça Fernando Martins, está no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde deve embarcar ainda nesta noite para Milão, onde cuidará do caso.
“Fiquei muito sensibilizado com a morte da jovem mineira Marília Rodrigues Silva Martins, principalmente, pela maneira trágica como ocorreu, e levo a minha solidariedade à sua família. Além de prestar toda a ajuda à família para remoção do corpo, em conjunto com o Itamaraty, o governo de Minas também se empenhará junto às autoridades italianas para uma rápida conclusão das investigações sobre a morte de Marília”, declarou o governador.
O corpo da mineira de 29 anos, que é natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi encontrado na última sexta-feira (30) dentro do escritório da Alpi Aviation, empresa de compra e venda de ultralaves, na cidade de Gambara, província de Bréscia, no norte daquele país. Ela trabalhava no local e o cadáver foi localizado por James Conzadori, chefe de Marília. Ele tinha ido ao escritório para levar alguns documentos e se deparou com a funcionária caída na chão. Segundo amigos da vítima, ela estaria grávida de cinco meses. No entanto, a gestação ainda será confirmada através de exames periciais.
"Eu vi uma figura no chão, dois braços estendidos. A cabeça coberta de sangue. Eu estava com medo e eu fechei (a porta) mais uma vez", disse Conzadori à imprensa de Gamabara. Ele saiu e chamou a polícia. "Quando chegamos, imediatamente fechei o medidor de gás." De acordo com vizinhos, desde a noite de quinta-feira um forte cheiro de gás exalava do escritório.
Por meio da posição do corpo, das feridas na testa e outros detalhes, peritos confirmaram o homicídio e descartaram uma das hipóteses de que Marília tivesse caído depois de ser acidentalmente intoxicada por um gás que escapava da caldeira de tubo do escritório. Os investigadores acreditam que o gás metano foi liberado propositalmente para encobrir o assassinato. A caldeira foi recolhida pelas autoridades locais que também encontraram na cena do crime, um frasco de ácido. Amigos da vítima e o namorado serão ouvidos como testemunhas.