Governo de Minas realiza mais uma reunião para definir ações para recuperar cidades atingidas

Hoje em Dia
17/12/2015 às 20:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:23
 (REPRODUÇÃO)

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Nesta quinta-feira (17), o Governo de Minas Gerais realizou mais uma reunião da força-tarefa criada pelo governador Fernando Pimentel. O objetivo é definir e implementar ações para recuperar os municípios e as populações afetados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, no mês passado, a partir de um levantamento de todos os danos materiais, ambientais e humanos provocados.

“Estamos levantando os danos e já começamos a apontar as medidas restauradoras para os problemas identificados”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Regional de Políticas Urbanas e Gestão Metropolitana (Sedru), Tadeu Martins,  coordenador da força-tarefa.

Na reunião, que foi realizada na Cidade Administrativa, estiveram presentes representantes do governo estadual, dos municípios atingidos e das universidades (USP, Ufop, UFMG, Unifal, além da Fapemig).

No primeiro encontro, a força-tarefa propôs a criação de um fundo de recursos ambiental e outro socioeconômico para financiar os custos de recuperação das cidades atingidas e da bacia do Rio Doce. Além disso, foi proposta a formalização de uma ação judicial conjunta entre União, estados e municípios contra a Samarco e suas controladoras (Vale e BHP), na qual serão anexados os dados de danos materiais, ambientais e humanos causados pela mineradora. No entanto, segundo os representantes da força-tarefa, algumas prefeituras ainda não enviaram o relatório.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) apresentou os danos causados e a atual situação da hidrelétrica de Candonga, responsável pelo fornecimento de energia para toda a região Sudeste, e que atualmente está assoreada, já que cerca de de nove milhões de metros cúbicos de rejeitos foram acumulados no reservatório. Por isso a geração de energia está impossibilitada. Segundo os técnicos da Aliança Energia, empresa sócia da Cemig, responsável pela hidrelétrica, não há risco de rompimento da represa.

Já o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), concluiu a análise das últimas amostragens de água e confirmou a redução gradativa de rejeitos de mineração presentes no leito dos rios. Por isso, a coleta que passou a ser semanal, voltará a ser feita mensalmente.

Além de tratar destes assuntos, foi feita uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP). O representante da Universidade, Giorgio de Tomi, presentou o projeto de desenvolvimento sustentável no Quadrilátero Ferrífero (região do estado que concentra a atividade mineradora) e afirmou que a ideia é trazer para Minas a visão de mineração do século 21.

De acordo com o chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Estado, Rodrigo de Oliveira Perpétuo, não faltam ofertas de cooperação da comunidade internacional para encontrar soluções.

“Além da manifestação de solidariedade, órgãos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e as agências de fomento, podem ajudar com as reflexões e os encaminhamentos da força-tarefa. A cooperação internacional está a serviço de todo o estado”, afirmou.

Segundo o o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais, da Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Leonardo Nader, a Organização das Nações Unidas (ONU), vai entregar ao Estado um relatório com sugestões de medidas para recuperação da Bacia do Rio Doce.

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