Governo desativa Edifício Tiradentes, na Cidade Administrativa; servidores serão transferidos

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
Publicado em 02/02/2018 às 19:33.Atualizado em 03/11/2021 às 01:07.
 (Ricardo Bastos/Arquivo Hoje em Dia)
(Ricardo Bastos/Arquivo Hoje em Dia)

Com objetivo de reduzir despesas, o Governo de Minas anunciou nesta sexta-feira (2) que vai desativar o Palácio Tiradentes, sede do Executivo. Os servidores que trabalham no local já estão sendo transferidos para os prédios Minas e Gerais, também no complexo da Cidade Administrativa, na região Norte de Belo Horizonte. 

Em nota, o governo disse que a meta é cortar cerca de 40% dos gastos com insumos diversos, manutenção rotineira, consumo de água e energia elétrica. Por ano, o Edifício Tiradentes – uma das últimas obras do arquiteto Oscar Niemeyer – gera uma despesa de cerca de R$ 5 milhões, segundo o comunicado.

As mudanças envolvem cerca de 150 servidores das Secretarias de Estado de Governo (Segov), de Casa Civil e de Relações Institucionais (SECCRI) e da Secretaria Geral de Governo (SGG). A realocações devem ser concluídas nos próximos dias. 

Vizinhos ao Tiradentes, os prédios Minas e Gerais têm, atualmente, 1.428 estações de trabalho livres, segundo a nota divulgada nesta sexta à noite, que consomem gastos com energia elétrica, manutenção e limpeza, mesmo não sendo utilizados. 

“Cabe lembrar que o trabalho de realocação de pessoal vem sendo feito desde 2015, com transferência de servidores de órgãos que funcionavam em outras localidades da capital – como as corregedorias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além das secretarias de Estado de Segurança Pública e de Administração Prisional – para a Cidade Administrativa”, finaliza a nota. 

Com o esvaziamento do Tiradentes, o governador Fernando Pimentel deve passar a despachar no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A nova destinação para o Tiradentes não foi informada. 

Desde que foi inaugurada, a Cidade Administrativa, obra realizada na gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB), sempre foi um dos principais alvos de críticas do PT. Os custos de todo o complexo ultrapassaram os R$ 2 bilhões, bancados pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).

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