Tadeu Martins Leite não descartou que a federalização de empresas estaduais seja uma das opções que serão sugeridas por Brasília
Presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite, participou de reunião com o presidente Lula sobre a dívida do Estado com a União (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Minas deve ter que esperar até o fim do mês para dar o próximo passo em busca da solução para a dívida de R$ 160 bilhões junto ao Governo Federal. Pelo menos este é o prazo esperado para que a União apresente ao Estado o aperfeiçoamento do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
Foi o que ficou acordado em reunião realizada em Brasília na quarta-feira (6), que contou com a participação do presidente Lula (PT), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do governador Romeu Zema (Novo) e do presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Tadeu Martins Leite, que deu detalhes do encontro nesta quinta (7).
"Foi uma reunião muito produtiva. Lula recebeu a mim e a Zema da melhor maneira possível. O que ficou acertado é que o governo federal vai apresentar nova solução, ainda no mês de março, para que o governo do Estado possa avaliar novas ideias", relatou Leite.
O presidente da ALMG disse que nenhuma sugestão da União foi antecipada.
"As ideias estão abertas, o governo do Estado também está aberto a sugestões que porventura apareçam. O Governo Federal está empenhado, e sugestão vai servir para Minas e para outros estados que tenham dívida pública", salientou.
Prorrogação
As parcelas do passivo estão suspensas até 20 de abril por causa de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Indagado se existe a possibilidade de o Governo de Minas solicitar prorrogação do prazo, o presidente da ALMG não quis confirmar.
"Uma prorrogação vai depender desta primeira sugestão, da complexidade dela. Não tenho dúvidas que Governo Federal e Estadual já demonstraram intenção de pedir novo prazo. Mas antes temos que analisar essa nova proposta que, espero eu, tenhamos em mãos até o fim de março. O importante é resolver este problema de 20 anos em Minas, que é a dívida do Estado, sem sacrificar servidores", finalizou Leite.
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