
Os grafiteiros Nilo Zack, Hely Costa e Ataíde Miranda, estão modificando a paisagem do viaduto Moçambique, na avenida Antônio Carlos, bairro Cachoeirinha.
São eles os autores do grafite que começou a ser feito no dia 9 de setembro e deve ficar pronto nos próximos quinze dias. No domingo (17), eles receberam a visita do prefeito e da primeira dama, Ana Laender. “Isso aqui é cultura de rua feita por artistas, enfeita a cidade e é bonito”, disse Kalil. O prefeito reiterou que pretende ajudar os artistas na medida do possível.
"Temos o Programa Gentileza que propõe justamente isso e dá mais um passo na direção de elevar a autoestima do morador de Belo Horizonte, mostrando que esta é uma cidade alegre, acolhedora e que tem gente feliz. Vamos transformar Belo Horizonte em uma cidade mais alegre ainda”, afirmou.
A tela, emoldurada por duas pinturas de Ataíde Miranda e cores que remetem ao país que dá o nome ao viaduto, traz dois garotos: um negro e um com fantasia de palhaço, personagens característicos nas obras de Hely Costa e Nilo Zack, respectivamente.
Todo o trabalho recebeu autorização da Prefeitura para ser executado e chama a atenção de quem passa pela região. “A arte de rua tem essa proposta de contraste com o cotidiano. As pessoas vão passando e vendo o nosso trabalho. Aqui na avenida muita gente passa sempre na correria. Durante este tempo em que estamos aqui, as pessoas param e vem falar com a gente. Quanto mais cores e mais alegria para a cidade, mais os moradores gostam e aprovam”, explicou Hely Costa, que além da arte de rua, coordena o projeto Arte Favela, na região Nordeste da cidade.
Santa Tereza
No próximo final de semana, dias 23 e 24, um coletivo coordenado por Gabriela Meirelles, formado pelos artistas Nilo Zack, Ataíde Miranda, Hely Costa, Arthur Ribeiro, Fhero, Nika, Michel Testa, Carol, Tão, Rodrigo Scalabrini, Gud Assis e John Viana, realizará uma intervenção em um muro de aproximadamente 50 metros na rua Silvianópolis, no bairro Santa Tereza, entre as ruas Pirite e São Gotardo.
“Eu sou morador de Santa Tereza desde menino. Aquele lugar é minha vida, minha história. Já fiz vinte metros de grafite lá e agora a Gabriela incentivou esta ação comunitária para terminar mais um presente para o bairro e para a cidade. A intenção é fazer um evento bem bacana com bloco carnavalesco, um evento para a família dando um presentão para Santa Tereza”, afirmou Ataíde Miranda, que há 47 anos mora no bairro.
Os murais nos bairros Cachoeirinha e Santa Tereza são iniciativas que estão inseridas no Programa Gentileza. Além do apoio a iniciativas dos artistas urbanos, o programa, que vai englobar ações de diversas áreas, também prevê a publicação de um edital por meio da Secretaria Municipal de Cultura, que vai estimular a arte urbana em vários espaços da cidade.
* Com PBH