Os crimes de racismo, religião e de intolerância ocorridos em Belo Horizonte e região Metropolitana terão a partir desta sexta-feira (29) um acompanhamento diferenciado. O anúnio foi feito nesta quinta-feira (28) durante a inaguração do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Crimes Raciais e de Intolerância (Navcradi).    O coordenador do órgão, delegado Jefferson Rodrigues de Oliveira garantiu que a Polícia Civil já combate os crimes de preconceitos e racismo. “As ocorrências registradas no Núcleo serão verificadas e focadas na solução”, garante.    A delegada Margarete de Freitas Assis, chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, ao Idoso e ao Portador de Deficiência, acrescenta que os crimes virtuais de racismo e preconceito e também os bulling serão investigados e os culpados podem pegar de três a cinco anos de cadeia. “Esses crimes são inafiançáveis e imprescrítiveis”, garante.   Para ela, além de acolher o cidadão que tenha sido vítima, o Núcleo possibilitará levantar dados sobre estes tipos de ocorrência para, futuramente, abrir uma delegacia especializada de combate a estes crimes. Além do atendimento direto à vítima, o Núcleo receberá demandas de instituições parceiras que tratem de questões ligadas ao preconceito racial, de cor, étnico ou religioso, para que elas sejam analisadas e tomadas as devidas providências.   No local, serão oferecidos também atendimentos jurídico, psicológico e social por meio da prestação de serviços de instituições parceiras, possibilitando a realização de perícia e exames específicos que se fizerem necessários, pelo Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal.   As denúncias poderão ser feitas na rua Aimorés, 3005, Barro Preto ou pelo disque denúncias.    Racismo   Caracteriza-se racismo quando alguém impede o exercício de direitos ou agride um número indeterminado de pessoas, em razão da raça, cor, etnia ou religião. “É crime, por exemplo, impedir de forma verbal ou afixar placa em estabelecimento comercial, indicando que não é permitida a entrada de negros, indígenas, judeus, ciganos, dentre outros”, esclarece.

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