
Quase metade das escolas da rede municipal foram de alguma forma impactadas nesta segunda-feira (24) pela greve organizada por trabalhadores terceirizados. Das 324 instituições, sete não funcionaram e 123 tiveram as atividades do contraturno do ensino integral suspensas. Outros 36 colégios infantis (Emeis) funcionaram parcialmente. O balanço foi apresentado pela prefeitura.
Os terceirizados são vinculados à empresa Minas Gerais Administração e Serviços (MGS). A categoria realizou um protesto para reivindicar recomposição salarial. A manifestação ocorreu em frente à sede da PBH, na avenida Afonso Pena, no Centro. Segundo Fernando Augusto, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), a campanha salarial tem ocorrido desde o segundo semestre de 2024.
“As principais reivindicações são recomposição salarial, dadas as perdas que a gente teve nos últimos anos, além da redução da jornada de trabalho", afirmou o diretor sindical. Segundo ele, a categoria também cobra o pagamento de ticket de alimentação nas férias e recesso escolar.
Além disso, Fernando Augusto informou que os trabalhadores reivindicam equiparação salarial a outros cargos com as mesmas funções dentro da prefeitura e em outras cidades da região metropolitana.
Na quarta-feira (26), os integrantes do Sind-REDE/BH terão uma audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Na quinta (27) haverá reunião no Ministério do Trabalho e Emprego.
Movimento pode prejudicar 180 mil alunos, diz PBH
Por nota, a PBH informou que das 324 escolas da rede municipal, 158 funcionaram normalmente. Conforme o Executivo, existe uma negociação em curso que prevê reajuste de 7% no valor do contrato entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a MGS. "Índice superior à inflação registrada em 2024, que foi de 4,83%", disse a prefeitura.
Ainda conforme a PBH, todas as questões que envolvem as reivindicações trabalhistas são de responsabilidade exclusiva da MGS, responsável pela contratação e gestão dos profissionais.
"A Smed respeita o direito de livre manifestação dos trabalhadores, mas ressalta que a paralisação total ou parcial dos profissionais que atuam na RME poderá trazer prejuízos aos cerca de 180 mil alunos que integram a rede".
O Hoje em Dia tenta contato com a MGS. Em caso de retorno, essa reportagem será atualizada.
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