As 19 estações do metrô de Belo Horizonte amanheceram abertas nesta sexta-feira (31), mesmo em meio à paralisação dos trabalhadores. O movimento grevista, no entanto, provoca atrasos nas viagens, que registram intervalos de até 15 minutos nos horários de pico - 5 minutos a mais do que em dias normais.

Cerca de 100 mil usuários são afetados. Após o horário de maior movimento, o intervalo será de 20 a 25 minutos. 

"Os horários não habituais são devido à adesão por parte dos colaboradores ao movimento grevista dos metroviários", informou o Grupo Comporte.

A concessionária garante ainda que não vai "medir esforços para que o sistema siga em operação e está empenhada em reduzir os impactos da paralisação para a população" de BH e Contagem, na região metropolitana. 

Greve

A greve foi iniciada na última terça-feira (28), uma semana após o fim da última paralisação, que durou 34 dias. Os trabalhadores protestam contra a privatização do serviço. 

Os trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH) afirmam que tomaram a decisão por entenderem que são empregados públicos concursados e não podem ser transferidos para uma empresa privada. Eles alegam ainda falta de diálogo e de garantias sobre a manutenção dos empregos. 

A promessa era de que a paralisação seria total, no entanto parte da categoria decidiu não aderir ao movimento e segue trabalhando. Representantes do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais tentam convencer esses trabalhadores a aderir à greve, mas ainda não obtiveram sucesso.

A entidade anunciou ainda um ato na Praça 7, na região Central de BH, às 14h nesta sexta-feira (31).

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